"Uma operação simples" e não apreendeu documentos, diz advogado de Amorim
O advogado do empresário João Alberto Krampe Amorim, Renato Chagas, mimizou a mega operação contra a corrupção desencadeada hoje pelos órgãos federais. "É uma operação simples", contou, destacando que só houve conversa dos policiais federais e agentes da Receita Federal com o empresário, que está na casa, na Vila Vendas.
Amorim é alvo da Operação Lama Asfáltica, desencadeada pela Polícia Federal, Receita Federal, MPF e CGU (Controladoria Geral da União).
“Se trata de uma simples apuração, até agora apenas conversa, estão averiguando algumas situações”, disse ele à reportagem do Campo Grande News. A operação visa combater uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações em obras públicas em Mato Grosso do Sul.
O grupo é acusado de cometer sete crimes, entre eles sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes em licitação.
Os policiais cumprem mandados de busca e apreensão na empreiteira Proteco e na casa do empresário João Alberto Krampe Amorim, do ex-secretário municipal e estadual de Obras e atual assessor especial do Ministério dos Transportes, Edson Giroto.
A Proteco executa principalmente obras de pavimentação, com muitos contratos milionários firmados com o governo do Estado e da Prefeitura, além do Aquário do Pantanal e ações de tapa-buraco.
Segundo a Receita Federal, o grupo atuava no direcionamento de licitações para beneficiar empresários da organização criminosa. Eles são acusados de superfaturar obras públicas e pagar propinas a servidores públicos.
Esta operação investiga contratos no valor de R$ 45 milhões, sendo R$ 11 milhões com suspeita de irregularidades, tendo ao total 19 mandados de busca e apreensão. Ela conta com 28 servidores da Receita, 84 policiais federais e 13 funcionários da CGU. A investigação começou há dois anos e detectou indícios de fraude em licitações e desvio de recursos públicos.