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Cidades

Ação contra jogatina apreendeu reais, dólares e aeronave

Redação | 21/05/2009 10:17

A ação contra a quadrilha da jogatina em Mato Grosso do Sul, deflagrada nessa quarta-feira, apreendeu R$ 77 mil e US$ 1,7 mil. Somente com o chefe do grupo, o major da reserva da PM (Polícia Militar), Sérgio Roberto de Carvalho, foram apreendidos pouco mais de R$ 7,5 mil.

Também foram apreendidas 97 máquinas caça-níqueis, além de 18 veículos, uma aeronave, computadores e notebooks, cuja quantidade ainda não foi contabilizada. A aeronave estava com Sérgio Carvalho, usada durante viagem de Campo Grande a Corumbá na terça-feira.

A polícia ainda procura dois foragidos: Marcelo Santana Vaz e Luís Marcelo Villalba Campista. Marcelo Santana é apontado como fornecedor das máquinas e está fora do País. Luís Marcelo não foi encontrado no endereço residencial.

A operação Las Vegas fechou dois cassinos do grupo: um chamado de Mansão ou Casarão, que funcionava na rua Cyro Bueno, Vila Planalto, e o do "Caju", que ficava na rua Casemiro de Abreu, no Jardim São Bento.

Nos locais foram apreendidos dinheiro, caça-níqueis, roleta e ainda raspadinhas, que na verdade serviam como senhas para que os jogadores apostassem sem sair de casa, pela internet. As raspadinhas também ofereciam prêmios de até R$ 450 mil.

A operação Las Vegas foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), PF (Polícia Federal) e PM (Polícia Militar).

As investigações das três instituições descobriram também que os componentes eletrônicos das máquinas vinham da Bolívia e São Paulo.

O major Carvalho, que havia sido preso na década de 90 por tráfico de drogas e em 2007 também por jogos de azar, possui ainda outro cassino na Bolívia: o El Pantanal.

Além dele, outros dois policiais militares foram presos: o capitão Paulo Roberto Teixeira Xavier, o cabo Marco Massaranduba e Odilon Ferreira da Silva.

O envolvimento deles foi descoberto após denúncias ao Comando Geral da PM, que vai abrir processo administrativo contra os três.

A operação Las Vegas tinha por objetivo cumprir 40 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão. No entanto, foram cumpridos apenas 17.

Entre os presos está Andrey Galileu Cunha, que havia sido preso junto com Carvalho em 2007, na operação Xeque-Mate, e outras duas vezes ano passado. Todas por jogos de azar.

Todos estão sob mandado de prisão temporária, que é de cinco dias. Eles podem ser condenados por formação de quadrilha, contrabando de equipamentos eletrônicos e prática de jogo ilícito

O major Sérgio Carvalho, Nedina Pereira da Silva (gerente dos escritórios), Cláudia Pompeu de Carvalho (gerente do cassino Mansão ou Casarão, na Vila Planalto) e Paula Jaqueline Lopes (gerente do Cassino Caju, no bairro São Francisco) estão detidos na Polícia Federal.

Já os militares Paulo Xavier (gerente de logística e segurança da organização), Odilon da Silva (auxiliar da gerente Nedina)e Marco Massaranduba (cabo da PM e teria a função de auxiliar do capitão Paulo Roberto Teixeira) estão detidos no presídio militar.

Presídio Federal - Os juízes Francisco Gerardo e Alexandre Antunes, da Execução Penal e da Auditoria Militar, respectivamente, pediram a transferência de Sérgio Carvalho para a Penitenciária Federal de Campo Grande.

De acordo com o juiz Alexandre Antunes, o pedido foi protocolado nessa quarta-feira na 5ª Vara Federal. Segundo ele, a transferência de Carvalho é necessária devido às irregularidades constatadas no período em que ele ficou preso no Presídio Militar, como privilégios. Até dólares e fax foram apreendidos na cela do major durante o tempo que ficou preso.

"A presença dele no Presídio Militar provocou vários transtornos. O presídio federal tem mais estrutura".

Os demais estão recolhidos na Defurv (Delegacia Especializada em Furtos e Roubos de Veículos): Samuel Ozório Júnior (gerente geral da organização), Marcos Aurélio de Freitas (responsável pela distribuição das máquinas nos pontos), Robson Ribeiro Motta (responsável pela distribuição de máquinas nos pontos), Marcel Rodrigo de Carvalho Simões (responsável pela montagem, inserção da programação dos jogos e pelo conserto das máquinas caça níqueis da organização), Maicon dos Anjos Mussi (auxiliar do Marcel), Diones Magalhães Silva (emprestou o nome para abertura de uma empresa utilizada pela organização, além de fazer serviço de rua, como contato com bancos e de ordem administrativa para a organização), Marcelo Pereira de Souza (contador da organização), Luiz Bernando da Silva Filho (responsável pela distribuição de máquinas em Campo Grande) e Andrey Galileu Cunha (teria sociedade com o chefe da quadrilha no Cassino Caju).

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