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Cidades

Acelerador linear volta a funcionar em abril no Hospital de Câncer

Estado prevê três equipamentos operando até o fim do próximo ano

Kleber Clajus e Aline dos Santos | 22/03/2018 17:10
Serviço foi transferido para clínica particular durante obras de instalação (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Serviço foi transferido para clínica particular durante obras de instalação (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

O Hospital de Câncer Alfredo Abrão reativa em abril atendimentos de radioterapia com novo acelerador linear em Campo Grande. No ano passado, o serviço passou a ser realizado em clínica particular devido a obras de instalação do equipamento.

Com a nova estrutura se prevê a abertura do terceiro turno, o que ampliará a média diária de pacientes de 50 para 95. O Estado ainda vai repassar mensalmente R$ 180 mil extras para a contratação de uma segunda equipe médica para o serviço na unidade hospitalar.

“Faremos também assinatura da ordem de serviço da ampliação de mais dois equipamentos de radioterapia”, pontuou ao Campo Grande News o secretário de Estado de Saúde, Carlos Alberto Coimbra. “A gente acredita que vai conseguir zerar a fila em todo o Estado”.

Na avaliação de Coimbra, o setor de radioterapia deve contar com três aceleradores lineares operando até o segundo semestre de 2019. O Hospital Universitário tem previsão de atender com novo equipamento em até oito meses, enquanto outros dezoito meses são necessários ao Hospital Regional. Aparelhos também devem ser enviados para Dourados e Três Lagoas.

Espera - A Justiça decidiu escalonar, em novembro do ano passado, a fila da radioterapia que tem pacientes atendidos por uma única clínica de Campo Grande pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Na ocasião haviam 192 pacientes em espera pelo tratamento.

Para o titular da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, juiz David de Oliveira Gomes Filho, o tema apresentado pela Defensoria Pública é delicado por impactar no agravamento do quadro de saúde de quem luta contra o câncer.

O magistrado, então, determinou o escalonamento da espera com redução mensal de um mês a partir de 1° de fevereiro de 2018. Assim, em outubro, a proposta consiste em que se aguarde na fila pelo prazo máximo de um mês para acesso a radioterapia.

Houve recurso da Defensoria ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que o processo fosse mais célere, aplicando limite de 30 dias a partir de junho. O tribunal adotou postura de analisar de forma mais aprofundada a questão no julgamento de mérito do caso.

Na Capital, são habilitados ao serviço de radioterapia a Santa Casa e o Hospital de Câncer Alfredo Abrão. O primeiro repassa o atendimento para a clínica Radius que, no ano passado, também passou a receber pacientes do Hospital de Câncer. O motivo foi reforma para que a unidade hospitalar instale um novo equipamento de acelerador linear, usado no tratamento.

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