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Cidades

Advogado diz que Name foi enganado por empresa de Diego

Redação | 17/11/2010 17:14

O advogado de Jamil Name e Jamil Name Filho garante que em dois anos de arrendamento de gado à empresa do jogador Diego (ex-Santos) nunca foi repassado qualquer valor referente ao negócio. A transação virou briga na Justiça de Mato Grosso do Sul, com direito a nota divulgado no principal jornal do Estado pelo pai do jogador.

O negócio envolveu em 2008 exatamente 1.108 cabeças de gado, hoje avaliadas em 10 milhões de reais. O advogado Onofre Pinheiro Filho diz que de lá para cá não houve qualquer repasse pelo arrendamento e, por isso, há seis meses a família Name resolver reivindicar o rebanho de volta. "Queremos rescindir o contrato", resume.

Ele contesta a credibilidade da empresa Trilpc Consultoria e Participações, que teria apenas duas sócias na razão social, nenhuma ligada a Diego. "Causa estranheza. Se ele fosse realmente sócio, como o pai diz, deveria ter o nome dele no contrato", comenta o advogado.

A nota publicada pelo pai do jogador. Djair Silvério da Cunha, é classificada como "oportunista" pelo representante legal dos Name. No texto, lembra de denuncias feitas contra o Tribunal de Justiça do Estado sobre negociatas envolvendo sentenças e pede lisura no processo em questão, que será julgado na próxima sexta-feira.

"Ele lembra de fatos alheios a esse caso para pressionar por uma decisão favorável, isso é oportunismo. Estão criando um factoide" , critica Onofre Pinheiro.

Segundo ele, o que está em jogo é apenas o arrendamento, não as propriedades também negociadas entre as duas partes. "que diga-se de passagem, são os únicos bens registrados em nome dessa empresa", cutuca o advogado levantando suspeita sobre a solvência da Trilpc.

A Justiça já concedeu liminar aos Name para apreensão do rebanho, hoje com cerca de 1,6 mil cabeças. Agora será julgado o mérito.

"Em dois anos,eles aumentaram em apenas 500 cabeças o rebanho. Meu cliente resolveu recuperar o gado para garantir a administração adequada até que seja julgada a questão", argumenta o advogado.

Segundo ele, imóveis da família em Campo Grande foram dados a Justiça como garantia, caso ocorra algum prejuízo ao rebanho enquanto Jamil Name é o responsável.

A empresa Trilpc Consultoria e Participações, da qual o jogador é sócio em investimentos no Estado - que vão de imóveis à pecuária, tenta reverter no TJ a decisão favorável aos empresários Jamil Name e a Jamil Name Filho que determinou a apreensão de touros em uma propriedade de Diego.

A defesa da Trilpc afirma que foram feitos dois contratos, um de compra e venda e outro de arrendamento, e que no primeiro contrato, os vendedores deixaram de entregar os animais prometidos e por isso as rendas não foram pagas. A decisão da primeira instância a respeito cita que houve várias notificações a Jamil Name e o filho, sem que houvesse o cumprimento do estabelecido.

No texto, Djair afirma também que quando os negócios foram feitos com a família Name, desconhecia as suspeitas de envolvimento deles com a jogatina. Jamil Name Filho chegou a ser preso por exploração da máfia dos caça-níqueis.

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