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Cidades

Auditoria apura superfaturamento na compra de produtos para presídios

Michel Faustino | 04/07/2016 19:48

Auditória instaurada pelo Governo de Mato Grosso do Sul apura denúncia de ilegalidades na aquisição de produtos pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) para abastecer os presídios do Estado. Também investiga gastos “excessivos” no ano de 2014, com base em relatório encaminhado em janeiro deste ano pelo atual presidente do órgão, Airton Stroppa, à AGE (Auditória Geral do Estado).

Segundo Stroppa, a discrepância dos gastos no referido ano, comparado com 2015, chega a 65%, o que chama a atenção para possíveis irregularidades, em específico quanto ao superfaturamento de contratos para aquisição de colchões, camas, gêneros alimentícios e até papel higiênico. “Nos fizemos esse levantamentos que fizemos constatamos essa diferença. Em 2015, foram gastos R$ 5 milhões, enquanto em 2014, esse valor chegou a R$ 17 milhões”, disse.

De acordo com o dirigente, a diferença de valores fez com que fosse tomada medida administrativa que, com base em sindicância interna, atestou tais irregularidades. Conforme Stroppa, detalhes devem ser repassados, a partir de agora, pela AGE.

“Encaminhados o documento e agora vamos aguardar o resultar por parte da Auditoria. Até então, mantínhamos essa situação de maneira sigilosa para evitar qualquer acusação precipitada”, comenta.

Investigação – O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou, durante agenda pública nesta segunda-feira (04), sobre a apuração das denúncias de irregularidades na Agepen.

Segundo Azambuja, o assunto está sendo conduzido também pela PGE (Procuradoria Geral do Estado), além do corpo de auditores da AGE. “Estamos atento a essa situação para chegar a uma resposta do porque dessa diferença de valores”, comentou.

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