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Cidades

Bernal firma contrato emergencial de R$ 4,3 milhões com a Salute

Edivaldo Bitencourt | 26/07/2013 11:12
Prefeito vem evitado falar sobre os contratos sob suspeita (Foto: Cleber Géllio)
Prefeito vem evitado falar sobre os contratos sob suspeita (Foto: Cleber Géllio)

Sob investigação da CPI do Calote, a microempresa Salute Distribuidora de Alimentos, criada no dia 1º de abril deste ano, deve faturar R$ 4,3 milhões com o contrato emergencial firmado com a prefeitura de Campo Grande. O prefeito Alcides Bernal (PP) dispensou licitação para contratar a empresa, criada em 1º de abril deste ano, para fornecer alimentos para os Centros de Educação Infantil (Ceinfs).

Conforme o extrato do contrato 70, publicado hoje no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), a Salute vai receber R$ 4.318.527,40, para fornecer gêneros alimentícios em caráter emergencial para serem utilizados na alimentação das escolas e dos Ceinfs da área urbana e rural de Campo Grande.

O contrato foi assinado pelo secretário municipal de Educação, José Chadid, e pelo dono da Salute, Érico Chezini Barreto, no dia 21 de junho deste ano. A oficialização no Diogrande ocorreu com mais de um mês de atraso.

Inicialmente, o valor do contrato seria de R$ 1,5 milhão. No entanto, o montante total ficou três vezes superior ao previsto, apesar da Salute só ter um capital social de R$ 50 mil.

O prefeito nega qualquer favorecimento à empresa, que não existia nem tinha experiência de longo tempo no ramo alimentício para ser contratada pelo município sem licitação.

Aliás, o problema no fornecimento de merenda tem sido um problema na rede pública desde a posse de Bernal. Inicialmente, pais reclamaram que crianças não tinham merenda. Depois, foi a falta de hortaliças, frutas e legumes para incrementar a merenda.

Bernal chegou a admitir o problema e responsabilizou os diretores e os fornecedores que tinham o objetivo de desestabilizar a sua administração.

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