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Cidades

Capital é a 4ª cidade do país em número de casos de leishmaniose em humanos

Michel Faustino | 14/08/2015 14:49
A doença é causada por esse protozoário que se hospeda no mosquito palha, também conhecido como birigui, mosquito pólvora ou cangalhinha. (Foto: Divulgação)
A doença é causada por esse protozoário que se hospeda no mosquito palha, também conhecido como birigui, mosquito pólvora ou cangalhinha. (Foto: Divulgação)

Com 55 registros de janeiro até agora, Campo Grande está entre as quatro cidades do país com maior número de casos de leishmaniose em humanos. O índice considerado preocupante foi revelado na palestra do doutor em ciência animal, Francisco Anilton Araújo realizada na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) durante a Semana Nacional de Combate a Leishmaniose Visceral.

O doutor lembrou que e doença é transmitida através do “mosquito palha”, é grave, não tem cura (apenas controle por medicamentos), e algumas vezes causa a morte. Aproximadamente 10 por cento das pessoas que adoecem, morrem vitimas de comprometimento causado pelo protozoário.

“Existem formas de prevenção, especialmente para os cães, através da vacina. O único lugar do País que dá a preferência ao tratamento e não a eutanásia é Campo Grande. E essa é uma responsabilidade também do veterinário e do tutor do animal, para que cheguem a esse consenso”, disse .

Francisco lembra ainda que no Brasil, se tem hoje cerca de 3.500 casos da doença em humanos, quase 400 pessoas morrem por ano de leishmaniose. Nesta semana, houve um registro de aparecimento da leishmaniose em humano na região sul da Capital. Com 55 casos registrados, Campo Grande fica atrás apenas das cidades de  Fortaleza (CE), Araguaína (TO) e Belo Horizonte (MG).

Tratamento polémico - Polémicas a parte quanto ao tratamento da leishmaniose, o professor doutor Francisco Anilton Alves de Araújo, que trabalhou por 26 anos como consultor da área no Ministério da Saúde, e é totalmente a favor. E ele ainda deixa claro que a eficácia da vacinação é reconhecida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e, também, pelo Ministério da Saúde.

“ Para quem é apaixonado pelo seu cão de estimação, parece que esse doença não representa mais o fim. O animal tratado pode ter uma vida normal, claro que sempre sob a supervisão do médico veterinário. É a esperança do fim da eutanásia animal, no caso dessa doença”, comentou.

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