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Capital

"Comboio do Cão" é do PCC e chegou à Capital 3 dias antes de invadir agência

Segundo o tenente coronel Pollet, comandante do Choque, as instruções eram repassadas pelo WhatsApp, mas de 10 inseridos no grupo, apenas 4 participaram da ação em Campo Grande

Danielle Valentim e Bruna Kaspary | 25/06/2018 09:56
Há suspeita de que haja envolvimento de algum funcionário do banco ou prestador de serviço, diz Pollet, comandante do Choque. (Foto: Saul Schramm)
Há suspeita de que haja envolvimento de algum funcionário do banco ou prestador de serviço, diz Pollet, comandante do Choque. (Foto: Saul Schramm)

O trio preso durante invasão a uma agência da Cooperativa Sicredi da Avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande, faz parte do PCC (Primeiro Comando da Capital) e é identificado como "Comboio do Cão" dentro na facção criminosa. Instruções para o roubo eram repassadas pelo Whatsapp, mas de 10 inseridos no grupo, apenas 4 participaram da ação em Campo Grande. Um dos assaltantes conseguiu fugir, os outros 3 continuam presos. A Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante.

De acordo com o tenente coronel Marcus Vinicíus Pollet, comandante do Batalhão de Choque, o grupo veio a Mato Grosso do Sul, somente, para cometer o crime. As instruções de como arrombar os cofres e desviar dos sensores de alarme eram repassadas diretamente pelo grupo de conversa.

"As equipes da Rotac estavam em patrulhamento, quando ouviram o alarme da agência bancária. Na hora em que pararam a viatura viram duas pessoas pulando o muro para o lado de fora. Durante a abordagem, a dupla entregou outro comparsas que, ainda estavam dentro da agência", disse.

Enquanto as equipes faziam vistoria na agência, em busca de outros envolvidos, os detidos informaram que havia um carro, carregado com os ferramentas para o arrombamento. Policiais do Tático deram apoio e encontraram o carro no Jardim TV Morena, um Gol preto. O veículo tinha ferro e makitas.

Segundo Pollet, os três são de Ceilândia - cidade satélite de Brasília e chegaram na Capital na quinta-feira (21). Eles pagaram R$ 500 para se hospedarem na casa de uma mulher identificada como, Priscila Vieira Pavão. Aos policiais, a mulher admitiu que sabia de toda a ação.

O grupo recebia instruções de pessoas de Brasília através do WhatsApp. "Há suspeita de que haja envolvimento de algum funcionário do banco ou prestador de serviço, mas será investigado pela Polícia Civil", disse.

Apesar da quantidade de pessoas no grupo, apenas quatro invadiram a agência na Capital. Três foram presos e um quarto conseguiu fugir.

O grupo é conhecido como "Comboio do Cão" e todos os integrantes possuem matrículas no PCC. Todos os envolvidos tem passagens por roubo, Thalles Souza de Britos de 21 anos, por tentativa de latrocínio, Rubens Martins da Silva, de 19 anos, por roubos e furtos de veículos.

Gabriel Lima de Jesus, de 21 anos, em princípio, se identificou com o nome do irmão, um adolescente de 17 anos.

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