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Capital

“Era para fazer comida”, diz homem preso por “vender” filha por R$ 200

Quando polícia chegou em casa, a criança correu assustada em direção ao militares e relatou os abusos

Guilherme Henri e Geisy Garnes | 02/05/2018 16:30
Delegado Fabio Sampaio tocará as investigações (Foto: Fernando Antunes)
Delegado Fabio Sampaio tocará as investigações (Foto: Fernando Antunes)

O pai da menina de 11 anos disse em depoimento à polícia que recebeu R$ 200 para que ela cozinhasse aos irmãos da igreja. Além disso, assumiu que já havia ouvido rumores de que um dos “irmãos” tinha “fama” de abusador no bairro.

Ele, homem de 58 e pastor de 56 anos foram presos por volta do meio-dia de ontem (1º), no Bairro Parque do Lageado, região sul de Campo Grande. Por meio de uma fresta, a Polícia Militar flagrou um dos suspeitos abusando da criança.

O caso é investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Segundo o delegado Fabio Sampaio, o pai negou que tinha conhecimento sobre os abusos. Além disso, os outros dois suspeitos também negaram o fato.

Contudo, antes da PM arrombar a porta da casa onde a menina estavam, policial conseguiu ver, por uma fresta o homem de 58 anos abusando da menina.

“A vítima ainda não foi ouvida, então não podemos saber se essa foi a primeira vez que aconteceu. Nos próximos dias também ouviremos outros familiares da menina”, adianta o delegado.

Caso é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: Paulo Francis)
Caso é investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: Paulo Francis)

A menina foi recolhida pelo Conselho Tutelar e entregue a mãe dela. Os três suspeitos continuam presos. O homem de 58 anos responderá pelo flagrante de estupro de vulnerável, enquanto pai e pastor como coautores do mesmo crime.

“Também vamos apurar essa história do dinheiro. Se confirmada o pai da menina também poderá ser indiciado por favorecimento a prostituição”, afirma Fabio.

Socorro - A Polícia Militar foi acionada por moradores para atender um caso de suspeita de estupro, pois na casa havia uma criança com dois homens. Ao chegar ao local, a equipe encontrou o imóvel fechado e escutou os gritos da vítima pedindo por socorro. Um dos policiais, então, pulou o muro e arrombou a porta da sala e encontrou a menina sendo violentada. O homem de 58 anos vestia apenas uma calça jeans com o ziper aberto. A criança correu assustada em direção ao militares e relatou os abusos.

Revoltados com a situação, cerca de 70 moradores se aglomeraram com paus, pedras e tentaram linchar o estuprador o chamando de Jack (gíria usada para se referirem aos estupradores). O suspeito chegou a ser agredido pelo grupo. Para dispersá-los, a PM chegou a disparar quatro tiros para cima e acionou reforço policial.

Depois da confusão, a menina conseguiu contar que na casa havia mais uma pessoa e que seria o irmão da igreja. O suspeito havia fugido quando percebeu a presença da polícia no local. Na sequência, ele foi localizado e preso.

Já o pai da criança foi localizado trabalhando na reforma de uma casa que pertence a um dos autores.

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