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Capital

“Gay não entra em meu carro”, diz motorista de app ao recusar corrida

A vítima procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência por homofobia

Adriano Fernandes | 07/02/2020 23:31
Aplicativo de navegação no celular de um motorista de caronas pagas. (Foto: Kisie Ainoã)
Aplicativo de navegação no celular de um motorista de caronas pagas. (Foto: Kisie Ainoã)

Um jovem de 26 anos procurou a Polícia Civil depois que motorista de aplicativo de caronas pagas, recusou a corrida por ele ser gay. O caso ocorreu na noite desta sexta-feira (07) em Campo Grande. Conforme o boletim de ocorrência sobre o caso, o rapaz havia acabado de sair do trabalho em uma galeria da Afonso Pena, quando pediu um carro através do aplicativo no celular.

O condutor de um Onix que pertence a locadora de veículos aceitou a corrida, mas ao chegar no endereço, perguntou se o cliente era gay. O rapaz respondeu que sim. 

"Gay não entra em meu carro", teria dito o motorista, pouco antes de fechar o vidro e ir embora. O rapaz então procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, e registrou um boletim por homofobia (aversão e preconceito contra homossexuais).

Inafiançável – Desde junho de 2019, a homofobia é crime no Brasil, punido através da Lei de Racismo (7716/89). A lei prevê os crimes de “praticar, induzir ou incitar os crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional".

O racismo é um crime inafiançável e imprescritível e pode ser punido com um a cinco anos de prisão e, em alguns casos, multa.

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