À polícia, assassino de Mayara Holsback diz que se escondeu no Paraguai
Paraguai. Esse foi o destino de Roberson Batista da Silva, de 33 anos, após matar a namorada, Mayara Fontoura Holsback, de 18 anos, em Campo Grande, no dia 16 de setembro. Após 51 dias sendo procurado, ele se apresentou nesta segunda-feira (6) à polícia e confessou o assassinato, mas repetiu alegação de legítima defesa.
O local para onde fugiu foi revelado por ele durante o depoimento prestado ao se apresentar à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Campo Grande, segundo a delegada responsável pelo caso, Ariene Nazareth Murad de Souza.
Depois de ir para o Paraguai, Roberson, conhecido como Robinho, teria retornado ao Brasil e então foi encontrado. "Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no fim de semana e com isso chegamos 'perto dele', então ele acabou se entregando", explica a delegada, ao falar sobre a investigação.
Por ora, ele ficará sob custódia da Polícia Civil, sendo transferido para um presídio após a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) definir qual será o novo destino do suspeito, que estava com mandado de prisão preventiva em aberto até esta segunda-feira.
Robinho se apresentou à polícia acompanhado do advogado Ilton Hashimoto, que ao ser questionado sobre o paradeiro de Roberson antes de entregar, disse que "só Deus sabe" onde estava o foragido e que não poderia dar mais detalhes sobre o caso pois ele estava sendo tratado em segredo de Justiça.
O crime – Mayara foi morta um dia depois que Roberson, tratado pela família como ex-namorado, conseguiu o indulto, ou seja, o perdão da pena por ter tentado matar outra ex-companheira. Ele estava preso no Instituto Penal de Campo Grande.
Segundo parentes da vítima, após o crime Roberson ligou para o marido de Viviane Fontoura Holsback, irmã de Mayara, que está preso, e confessou o assassinato dizendo que "o serviço está feito".
A jovem foi assassinada na casa dela, no bairro Universitário - no sul de Campo Grande. Conforme boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada nua sobre a cama com parte do corpo coberto com edredom.
Havia sangue no colchão, nas cobertas e algumas manchas no banheiro (no interruptor e na parede). A tesoura usada no crime foi localizada coberta de sangue ao lado do corpo, que já estava em rigidez cadavérica.