No hospital, homem baleado ontem diz à Polícia que só ouviu disparos
Gonçalves estava no carro com Andrey Galileu Cunha, quando os dois foram baleados na rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande
Internado na Santa Casa após ser baleado na rua Rio Grande do Sul na tarde de quinta-feira (23), o corretor de imóveis Pedro Lauro de Castro Gonçalves, 36 anos, afirmou à Polícia Civil que só “ouviu os disparos”.
Gonçalves estava no carro com Andrey Galileu Cunha, 31 anos, quando os dois foram baleados. Cunha foi atingido por três disparos e não resistiu aos ferimentos. Gonçalves segue internado e vai passar por avaliação neurológica. Enquanto ficar no hospital, ele ficará com escolta.
O delegado da 1ª DP, Welington de Oliveira, responsável pelas investigações, foi até o hospital na manhã desta sexta-feira (24) e ficou quase uma hora com Gonçalves, para tentar colher informações sobre as circunstâncias do crime.
Oliveira disse que o corretor de imóveis afirmou não ter visto nada, pois quando ouviu os disparos e foi atingido por um deles, deitou no colo de Cunha. De acordo com Gonçalves, o atirador pensou que ele estava morto e, por isso, concentrou os disparos no colega dele.
Para o delegado, as informações fornecidas pelo corretor de imóveis sobre o crime não esclareceram nada, por isso terá que recorrer a outros meios. O que pode ajudar nas investigações é o trajeto feito pelas duas vítimas até a rua Rio Grande do Sul.
Gonçalves explicou para o delegado que eles estavam voltando de um posto de combustíveis que estão vendendo na avenida Coronel Antonino com a rua Ceará. A partir de lá, ele descreveu o trajeto até o local do crime.
Conforme o titular da 1ª DP, o roteiro será reconstituído seguindo o relato da vítima e serão solicitadas imagens de câmeras de estabelecimentos que ficam ao longo do percurso. Há possibilidade do crime ter ligação com jogo do bicho, caça-níquel ou agiotagem.
Os dez tablets apreendidos no veículo são de Pedro Lauro, mas a Polícia Civil vai verificar a procedência e a perícia fará a análise.
Pedro Lauro disse ao delegado que conhece Andrey há 15 anos. Os dois tem ligação com a jogatina. Em janeiro, a Polícia Civil apreendeu 11 máquinas caça-níqueis no bairro Santo Amaro, que eram de Pedro Lauro.