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Capital

No hospital, homem baleado ontem diz à Polícia que só ouviu disparos

Fernando da Mata e Paula Maciulevicius | 24/02/2012 12:42

Gonçalves estava no carro com Andrey Galileu Cunha, quando os dois foram baleados na rua Rio Grande do Sul, em Campo Grande

 No hospital, homem baleado ontem diz à Polícia que só ouviu disparos
Delegado depois de visitar vítima na Santa Casa (Foto: Paula Maciulevicius)

Internado na Santa Casa após ser baleado na rua Rio Grande do Sul na tarde de quinta-feira (23), o corretor de imóveis Pedro Lauro de Castro Gonçalves, 36 anos, afirmou à Polícia Civil que só “ouviu os disparos”.

Gonçalves estava no carro com Andrey Galileu Cunha, 31 anos, quando os dois foram baleados. Cunha foi atingido por três disparos e não resistiu aos ferimentos. Gonçalves segue internado e vai passar por avaliação neurológica. Enquanto ficar no hospital, ele ficará com escolta.

O delegado da 1ª DP, Welington de Oliveira, responsável pelas investigações, foi até o hospital na manhã desta sexta-feira (24) e ficou quase uma hora com Gonçalves, para tentar colher informações sobre as circunstâncias do crime.

Oliveira disse que o corretor de imóveis afirmou não ter visto nada, pois quando ouviu os disparos e foi atingido por um deles, deitou no colo de Cunha. De acordo com Gonçalves, o atirador pensou que ele estava morto e, por isso, concentrou os disparos no colega dele.

Para o delegado, as informações fornecidas pelo corretor de imóveis sobre o crime não esclareceram nada, por isso terá que recorrer a outros meios. O que pode ajudar nas investigações é o trajeto feito pelas duas vítimas até a rua Rio Grande do Sul.

Gonçalves explicou para o delegado que eles estavam voltando de um posto de combustíveis que estão vendendo na avenida Coronel Antonino com a rua Ceará. A partir de lá, ele descreveu o trajeto até o local do crime.

Conforme o titular da 1ª DP, o roteiro será reconstituído seguindo o relato da vítima e serão solicitadas imagens de câmeras de estabelecimentos que ficam ao longo do percurso. Há possibilidade do crime ter ligação com jogo do bicho, caça-níquel ou agiotagem.

Os dez tablets apreendidos no veículo são de Pedro Lauro, mas a Polícia Civil vai verificar a procedência e a perícia fará a análise.

Pedro Lauro disse ao delegado que conhece Andrey há 15 anos. Os dois tem ligação com a jogatina. Em janeiro, a Polícia Civil apreendeu 11 máquinas caça-níqueis no bairro Santo Amaro, que eram de Pedro Lauro.

 No hospital, homem baleado ontem diz à Polícia que só ouviu disparos
Pedro Lauro sendo socorrido após levar tiro (Foto: Marlon Ganassin)
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