A quem não vai voltar do trabalho hoje, imagens para matar saudade do pôr do sol
O silêncio das ruas também ficará registrado, no capítulo de quando a cidade aquietou-se
Do alto, Campo Grande é ainda mais bela. Sem pessoas, mais bucólica. No cruzamento por onde passou tanta história, da Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho, hoje o relógio marca as horas para ninguém.
O silêncio das ruas também ficará registrado. No capítulo de quando a cidade aquietou-se.
Cem anos depois, as palavras do vereador Trajano Balduíno de Souza, legendam o que nossos olhos, tão acostumados a ver Campo Grande todos dias, agora só a enxergam pela tela.
"Campo Grande que outrora um deserto"... Que se transformou em cidade primor, agora acolhe dentro das casas a solidão. A cidade onde todos vivemos, e aprendemos a fiéis defender, pede que o afeto que a ela sagremos, desta vez, seja o de permanecer sem habitá-la.
"Quanta luz, quanto gozo sem par, Oh! Que terra ditosa é meu lar!" Sem exigir esforço algum, é da memória e do coração que saem a identificação de cada via, cada trecho. Campo-grandense de nascença ou por escolha, reconhece do alto e de longe uma cidade tão amada.
Campo Grande voltará a ser feliz como afirma o hino oficial.
Aos leitores, deixamos o pôr do sol mais lindo do País e as ruas que não veem a hora de receber uma cidade sadia.