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Capital

Ação em igreja com oferta de empregos une desejo e realidade

Com terços e velas nas mãos, dezenas de pessoas esperavam atendimento nesta manhã na Igreja Perpétuo Socorro

Clara Farias | 09/08/2023 12:15
Ação "Funtrab na Comunidade", no Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. (Foto: Clara Farias)
Ação "Funtrab na Comunidade", no Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. (Foto: Clara Farias)

Imagine ir a um lugar fazer orações com esperança de alcançar uma graça e sair de lá com o desejo realizado? É o que está acontecendo com dezenas de pessoas durante uma ação da "Funtrab na Comunidade", no Santuário Estadual Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Nesta manhã de quarta-feira (9), enquanto a equipe de reportagem estava no local, cerca de 30 pessoas aguardavam ser atendidas, algumas delas seguravam itens religiosos, como terços e velas.

Outras duas ações da Funtrab (Fundação do trabalho) já foram realizadas na igreja, com um total de 450 atendimentos. Com tanta procura, o evento será prorrogado por mais duas semanas no santuário, das 8h às 13h. No local, católicos e pessoas de outras religiões esperavam por atendimento. Contaram ao Campo Grande News que a fé é uma grande aliada para conquistar emprego e saúde nos dias atuais.

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Júnior Duran, de 46 anos, diz que é devoto da Perpétuo Socorro há muitos anos. Todas as quartas-feiras frequenta a igreja e além da carteira assinada, pede pela esposa, que está presa.

Vela com imagem da Nossa Senhora Perpétuo Socorro, que Junior segurava enquanto aguardava. (Foto: Clara Farias)
Vela com imagem da Nossa Senhora Perpétuo Socorro, que Junior segurava enquanto aguardava. (Foto: Clara Farias)

Ele relata que está desempregado há cinco anos e faz diárias de faxineiro, e apesar de as diárias nunca terem faltado, o emprego fixo faz a diferença no início do mês, quando as contas chegam. "Eu quero conseguir esse emprego de carteira assinada, porque o aluguel da gente não espera", destacou Júnior.

"Graças a Deus e a minha mãezinha Perpétuo Socorro tem me abençoado muito e não me deixa faltar diária. Espero sair daqui com emprego garantido, e se Deus quiser, eu vou conseguir", finalizou o devoto.

Pedagoga Sidnéia Borges e filho de 16 anos, enquanto aguardava ser atendida. (Foto: Clara Farias)
Pedagoga Sidnéia Borges e filho de 16 anos, enquanto aguardava ser atendida. (Foto: Clara Farias)

A pedagoga Sidneia Borges contou ao Campo Grande News que hoje participou da novena para pedir pela melhora de uma familiar que está internada e para que Deus encaminhe e cuide do filho dela. Ela relata que aproveitou que estava na novena para passar pelo evento da Funtrab e tentar conseguir o primeiro emprego para o filho, de 16 anos.

"O trabalho faz bem para a pessoa, né? Meu filho também tem a vontade de ter um dinheirinho pra ele conseguir administrar. Nós estamos aqui na esperança de ele conseguir o primeiro emprego", destacou a pedagoga.

Ela conta que por ser o primeiro emprego, o filho não tem preferência da área de atuação e apenas deseja que ser encaminhado para o mercado de trabalho. Enquanto a pedagoga e o filho aguardavam para serem chamados, Sidneia segurava o terço que comprou na igreja. "Comprei para minha prima que está internada. Espero que ela encontre forças", finalizou Sidneia.

Técnica de enfermagem, Clementina Assis, 52 anos, aguardava ser chamada. (Foto: Clara Farias)
Técnica de enfermagem, Clementina Assis, 52 anos, aguardava ser chamada. (Foto: Clara Farias)

A técnica de enfermagem Clementina Assis, 52 anos, relata que é evangélica e que hoje foi até a Perpétuo Socorro em busca de um emprego. "Eu busco a Deus e a fé em primeiro lugar, porque a Bíblia fala assim 'buscar o reino de Deus e todas as outras coisas serão acrescentadas'", destacou.

Ela conta que antes de ir até a Funtrab fez orações, porque para que Deus possa fazer a parte dele é preciso que os fiéis "façam a sua parte". Clementina está desempregada há um ano. "Clamei a Deus e que se for a vontade dele, que ele faça eu sair daqui empregada. Agora se não for, que ele abra outras portas para eu poder estar trabalhando", destacou.

A técnica de enfermagem conta que é difícil que o mercado de trabalho contrate pessoas com mais de 50 anos e que ultimamente está trabalhando no sistema conhecido como home care, atendendo os pacientes na casa deles. "Mas eu quero algo fixo porque a minha idade já exige isso", finalizou Clementina.

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