Acordo põe fim à ameaça de greve no transporte coletivo de Campo Grande
Fechamento das negociações dependia do pagamento das parcelas do salário retroativo
Chegou ao fim a ameaça de greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande na manhã de hoje (12). Em reunião no MPT (Ministério Público do Trabalho) com representantes do Consórcio Guaicurus, do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo e da Prefeitura da Capital, o reajuste salarial ficou definido com percentual de 11,08%. Com isso, o salário dos motoristas vai de R$ 2.160 para R$ 2.400.
A principal discussão entre as partes foi o pagamento do retroativo dos vencimentos de novembro, dezembro e janeiro. Após muita conversa, ficou confirmado que o valor será pago em três parcelas, sendo a primeira em março deste ano. Todo o trabalho foi coordenado pela procuradora-chefe do MPT, Cândice Gabriela Arosio.
Segundo o presidente do sindicato da categoria, Santino Cândido Meira, o consórcio queria parcelar o retroativo em oito vezes e era algo que os motoristas não aceitavam. "Sabemos que a pandemia impactou muito a economia, mas não podemos onerar os funcionários. Queríamos é que fossem em duas parcelas e que não houvesse muito parcelamento", destacou.
Já o presidente do consórcio, João Rezende, destacou que precisa que a Prefeitura cumpra com o combinado de pagamento diferenciado, com uma tarifa técnica, para garantir a gratuidade dos servidores, estudantes e pacientes de doenças crônicas, além da isenção do ISS (Imposto Sobre Serviço) para 2021 e 2022 - projeto que já foi encaminhado para aprovação da Câmara dos Vereadores no retorno do recesso parlamentar.
Ele ainda solicitou que seja incluso a anistia do tributo do ano de 2020, que está judicializada, mas o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou que a questão será tratada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
Trad ressaltou que a prefeitura irá cumprir com o que foi acordado. "Tudo que foi combinado vai ser honrado. O município não quer tirar a gratuidade de ninguém, mas fazer com o chapéu alheio não dá. Nesse momento, vamos assumir o que está dentro da nossa possibilidade."