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Capital

Réu por morte de ex, açougueiro diz que "só" deu 1 facada e que laudo errou

Paula Maciulevicius | 16/03/2012 10:10

Estratégia de defesa é de tentar tirar as qualificadoras do homicídio, de motivo fútil e de recurso que dificultou a defesa da vítima

Júri popular define hoje a sentença de açougueiro. (Foto: Paula Maciulevicius)
Júri popular define hoje a sentença de açougueiro. (Foto: Paula Maciulevicius)

O açougueiro Alzir da Silva Filho, acusado de matar com 12 facadas a ex-mulher Gisele Aparecida da Cruz, em abril de 2010, disse esta manhã no júri popular, que deu apenas uma facada na vítima e que o laudo está equivocado. “Foi uma facada só, eu não tirei do corpo dela. O laudo diz que não foi, mas eu tenho consciência do que eu fiz”.

Alzir matou a ex-mulher em um domingo de manhã, quando a vítima estava no ponto de ônibus indo para o trabalho acompanhada da mãe.

Para os jurados, o réu que está em liberdade desde julho de 2011, por força de um Habeas Corpus, falou que não tinha a intenção de matar a ex e que só queria conversar. “Queria saber a verdade, se ela estava com outra pessoa. Eu nunca aceitei a separação”, declarou.

A conversa terminou com 12 facadas que causaram a morte instantânea de Gisele.

A estratégia de defesa é de tentar tirar as qualificadoras do homicídio, de motivo fútil, por ter matado por ciúmes e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, por abordá-la repentinamente, quando estava desarmada e indefesa.

Entre os familiares da vítima, o sentimento é de dor ao ouvir a defesa do acusado e esperança que a Justiça possa ser feita. “O coração aperta de escutar ele, de estar ouvindo certas coisas que não são verdade, ela foi agredida sim e muito. Eu como mãe não vou ter minha filha mais, mas espero que a Justiça seja feita pelo que ele fez”, desabafou a mãe Benedita Pinto Cruz, 70 anos.

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