Acusado de desviar R$ 2,9 milhões, ex-deputado é solto na madrugada
O ex-deputado federal Edson Giroto (PR) foi solto durante a madrugada desta quarta-feira (11), após pedido de habeas corpus. A ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, também teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça. A prisão temporária foi decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete a pedido do MPE (Ministério Público Estadual), o empresário João Alberto Krampe Amorim e mais oito pessoas, segundo o Tribunal de Justiça, também foram presos.
O advogado de Giroto, Valeriano Fontoura, afirmou que a decisão do habeas corpus saiu por volta das 23h30 de ontem, sendo que a soltura ocorreu por volta das 2h. Giroto estava preso na sede do Garras (Delegacia de Repreensão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), na saida para Três Lagoas, e Maria Wilma na 2ª Delegacia de Polícia, no Bairro Monte Castelo.
Além dos dois, o empresário João Alberto Krampe Amorim e mais seis pessoas tiveram o pedido de prisão temporária decretada, acusadas de causar prejuízo de R$ 2.962.136,00 aos cofres públicos, em razão do pagamento de obras não executadas em estradas estaduais.
Os acusados começaram a ser ouvidos pelo MPE nesta terça-feira, sendo que Giroto deve ser ouvido na próxima sexta-feira (13). O advogado assegurou que os investigados estão à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimento referente a Lama Asfáltica. "Eles vão procurar o judiciário, prestar informações e colaborar com a Justiça", apontou.
Prisões - As prisões são decorrentes da investigação conduzida pela força tarefa da Operação Lama Asfáltica, do MPE (Ministério Público Estadual) que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. A operação de hoje ocorre em decorrência de uma irregularidade constatada no revestimento primário na MS-228, numa extensão de 42 quilômetros.
Foram presos o ex-secretário executivo do Ministério dos Transportes, ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal Edson Giroto, a ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova Rosa, o ex-presidente do órgão, o empresário João Amorim, a sócio dele na Proteco, Elza Cristina Araújo dos Santos, e engenheiros ligados a Agesul.