Acusado de participação na morte de jovem é condenado a 17 anos por feminicídio
A decisão judicial reconheceu que Anderson teve participação no crime, embora em menor importância
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Foi condenado a 17 anos e 6 meses nesta quarta-feira (12), Anderson de Oliveira Sarmento, de 43 anos, conhecido como “Maconha”, pela morte de Gabriela de Oliveira Belantani, de 18 anos, ocorrida em novembro de 2023, na região do Bairro Jardim Botânico. A decisão judicial reconheceu que Anderson teve participação no crime, embora em menor importância, e reduziu sua pena com base no artigo 29, parágrafo 1º, do Código Penal.
RESUMO
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Anderson de Oliveira Sarmento, 43, foi condenado por feminicídio qualificado pela morte de Gabriela de Oliveira Belantani, 18, ocorrida em novembro de 2023 em Campo Grande. O Tribunal do Júri reconheceu sua participação no crime, embora em menor importância, reduzindo sua pena. Anderson negou envolvimento, alegando ser uma armação, mas a mãe da vítima contestou, mencionando ameaças anteriores. Gabriela foi espancada e morta a tiros; Lucas Henrique Souza dos Santos já foi condenado a 18 anos pelo crime. A Justiça considerou agravantes como motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima, caracterizando violência doméstica. A mãe de Gabriela espera que a condenação traga Justiça, após a perda irreparável da filha.
Durante o julgamento, Anderson negou qualquer envolvimento na execução da jovem. Em depoimento, afirmou que a acusação contra ele era uma armação da polícia e que nunca teve um relacionamento com Gabriela. No entanto, a mãe da vítima, Daiane de Oliveira, de 39 anos, contestou essa versão e reforçou que o réu já havia feito ameaças contra sua filha.
Em audiência, Daiane relembrou o histórico de violência sofrido por Gabriela e afirmou que, antes de ser morta, a filha ligou para ela dizendo que havia sido agredida tanto por Anderson quanto por Lucas Henrique Souza dos Santos, o “LK”, responsável pelos disparos.
O crime aconteceu em novembro do ano passado, quando Gabriela foi espancada e alvejada com seis tiros. Socorrida, ela foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Universitário, mas não resistiu. Lucas Henrique Souza dos Santos foi condenado em novembro de 2023 a 18 anos de prisão em regime fechado. Ele assumiu a autoria dos disparos e disse que cometeu o crime “na hora da raiva”, alegando que estava sendo ameaçado pelo marido de Gabriela. Anderson, por sua vez, foi apontado como a pessoa que forneceu a arma e deu carona a Lucas no dia do crime.
No julgamento de hoje, além do reconhecimento da participação de Anderson na morte de Gabriela, a Justiça considerou agravantes como motivo torpe e a dificuldade de defesa da vítima, caracterizando um crime no contexto da violência doméstica. A condenação foi proferida com base no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, IV e VI, e parágrafo 2º-A, inciso I, do Código Penal, além da reincidência criminal. Apesar disso, a pena foi reduzida devido à sua participação de menor importância na execução do crime.
A mãe de Gabriela afirmou que espera que a condenação traga alguma sensação de Justiça. “A metade de mim foi junto com ela e nada vai trazer ela de volta. Ele está se passando de inocente e mentiu. Quero que a Justiça seja feita. Tomo remédio controlado, tentei suicídio quando ela faleceu”, desabafou.
Com a sentença, Anderson de Oliveira Sarmento agora deverá cumprir pena pelo crime de feminicídio, somando-se ao já condenado Lucas Henrique Souza dos Santos.
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