Advogada presa furtava energia há cerca de 1 mês e causou prejuízo de R$ 87 mil
Polícia arbitrou fiança de 7 salários mínimos, mas advogada não pagou e foi levada ao presídio
A advogada Eliana Emídia da Cruz, 47 anos, furtava energia elétrica há aproximadamente um mês, de acordo com as informações do delegado Reginaldo Salomão, da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). O prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 87 mil.
Eliana foi presa na manhã desta quinta-feira (26) durante a Operação Lumens. Policiais e equipes da Energisa flagraram o furto no supermercado dela, na Vila Entroncamento, região do Indubrasil, em Campo Grande. A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) foi comunicada e acompanhou a prisão.
O delegado Salomão explicou que foi arbitrada fiança de nove salários mínimos, mas não foi paga até o momento. "Ela foi encaminhada ao presídio, mas a fiança pode ser paga a qualquer momento ou ela aguarda pela audiência de custódia nesta sexta-feira", disse o responsável pela investigação. Na delegacia, a advogada permaneceu em silêncio.
A polícia apurou que a fraude no medidor era feita há cerca de um mês e o prejuízo estimado à Energisa é de R$ 87 mil. Dos 27 pontos vistoriados na operação, ela foi a única presa em flagrante. "Em alguns casos foram constatados intermitência, que é quando a pessoa pode ativar a fraude a qualquer momento, então não foi possível o flagrante. Em três imóveis, as pessoas fugiram ao verem a viatura", disse Salomão.
No cadastro nacional de advogados conta que Eliana está com o registro profissional suspenso. A reportagem entrou em contato com a OAB e em nota respondeu que acompanha o caso e que "serão adotadas as medidas de natureza ético disciplinar [...], sempre respeitando o direito à ampla defesa e contraditório”.
A concessionária Energisa informou que intensificou as fiscalizações. "Este rigor e disciplina são necessários para diminuir o número de furtos de energia, que não somente causa danos à rede elétrica, impacta na qualidade de fornecimento e eleva o custo da energia dos demais consumidores, mas principalmente pode colocar em risco a vida da população”, afirma o coordenador comercial Jonas Ortiz.
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