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Capital

Advogados aliciavam servidores e policiais para facilitar tráfico de cocaína

Grupo era responsável por traficar droga através de empresas de transporte e terceirizada dos Correios

Por Antonio Bispo | 15/01/2025 09:15
Advogados aliciavam servidores e policiais para facilitar tráfico de cocaína
Policiais do Bope e Choque que participaram da Operação na manhã desta terça-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), deflagrou, na manhã desta terça-feira (15), a segunda fase da Operação Snow contra grupo especializado no tráfico de drogas no Estado. Foram cumpridos nove mandados de prisão e 19 de busca e apreensão em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Piratininga (SP).

RESUMO

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O MPMS, através do Gaeco, iniciou a 2ª fase da Operação Snow, visando um grupo de tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, com nove prisões e 19 buscas em várias cidades. A investigação revelou que o líder da organização utilizava advogados para corromper servidores públicos, obtendo informações sobre ações policiais. O grupo, que agia violentamente em disputas internas, transportava cocaína utilizando empresas de transporte, incluindo terceirizadas dos Correios, e já foram apreendidas mais de duas toneladas da droga. A operação começou em março de 2024, e a identificação dos envolvidos ainda não foi divulgada.

Conforme investigação, o líder da organização criminosa utilizava advogados para aliciar servidores públicos, inclusive um policial civil, que passava informações sobre eventuais ações das forças de segurança contra o grupo.

Dessa forma, os investigados tinham acesso às informações privilegiadas e conseguiam monitorar as cargas de drogas, além de instruírem conselheiros quanto aos assuntos sensíveis pertinentes à organização.

Em algumas ocasiões, o grupo agia de forma violenta para resolver pendências que envolvessem os próprios integrantes, principalmente quando se tratava de perdas de cargas de drogas. Nessas situações, o “problema” era resolvido através de sequestros e execuções daqueles que cometiam o erro.

Para conseguir transportar a cocaína, eram utilizadas empresas de transporte, sendo algumas delas terceirizadas dos Correios. No decorrer da investigação, foram apreendidas mais de duas toneladas do entorpecente.

Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram três armas, sendo duas calibre 38 e uma calibre 9 milímetros, de uso restrito, que acabaram apreendidas. Os proprietários foram autuados por porte ilegal de arma.

A operação conta com apoio do Bope (Batalhão de Operações Especiais), DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Advogados aliciavam servidores e policiais para facilitar tráfico de cocaína
Armas apreendidas durante cumprimento da operação (Foto: Divulgação/MPMS)

1ª fase – A Operação teve início em 26 de março de 2024, quando materiais apreendidos foram analisados e, através disso, identificados ao menos 17 integrantes da organização criminosa.

Na manhã de hoje, durante cumprimento da segunda fase, uma residência localizada na Rua Cachoeira do Campo, no Portal Caiobá, foi alvo dos agentes e um homem conduzido à 6ª Delegacia de Polícia Civil, para onde estão sendo encaminhados os alvos da Capital. Até o momento não foi divulgada identificação de nenhum dos autores.

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