Alcionildo constrói a casa sozinho, mesmo sem as 2 pernas que perdeu em acidente
Família corre risco de ser despejada se casa não ficar pronta até janeiro. Ajuda pode ser feita através do telefone (67)99193-9713
Disposto a mudar de vida, há um ano Alcionildo Ferreira da Silva, de 32 anos, veio do Maranhão para Campo Grande. Deficiente físico desde os 7 anos, quando teve as duas pernas amputadas, migrou do nordeste com a família: esposa e dois filhos de 5 e 8 anos.
Mesmo sem as duas pernas, hoje ele constrói a própria casa na Vila Samambaia.
Alcionildo conta que quando menino sofreu acidente junto com o irmão de 12 anos na época. Morando em fazenda, estavam em uma roçadeira conduzia pelo adolescente, quando se desequilibrou, caiu, e o veiculo passou em cima de suas pernas.
Minha mobilidade nunca me impediu de fazer as coisas”, declara com firmeza.
Mas 2020 não está fácil para ninguém e a empreitada de Alcionildo e da eposa, Regineide Pereira, de 29 anos, estão enfrentando dificuldades batalhando para construir dois quartos, sala, cozinha e banheiro em um terreno cedido por um conhecido. Atualmente a casa onde mora, no Coophavila II e que também foi cedida, foi pedida pelo dono antes da data combinada e por isso ele corre contra o tempo para conseguir se mudar até janeiro. Sem cadeira de rodas, ele se desdobra, se rastejando para erguer o sonho da família, um lar.
O vídeo abaixo mostra como está o andamento da obra.
A vida lá no Maranhão é muito difícil. A moradia aqui na cidade também não é fácil, mas lá [Maranhão] a educação e saúde é bem pior”, explica sobre a decisão de mudar de Estado.
A irmã já morava em Campo Grande há dez anos e por isso decidiu vir para cá. A família hoje vive de dois salários mínimos, um deles é de Alcionildo como pensionista e o outro da esposa, auxiliar de limpeza.
Ele explica que seu dinheiro tem investido em materiais para a construção, mas têm sido dias complicados.
Estamos aperreados, esse mês por exemplo, não conseguimos fazer a feira, para poder investir nos materiais de construção”, explica. A renda além das contas e alimentação serve também pagar pensão de outros três filhos.
Força e determinação explicam a atitude de pôr a mão na massa, além do seu pai, em quem se espelha. “Minha família é trabalhadora e eu puxei meu pai. Somos em 16 filhos. Ele foi muito guerreiro e nunca passamos dificuldades”, conta orgulhoso.
A obra na casa se iniciou em agosto, mas a dificuldade financeira e de conseguir materiais tem deixado o serviço lento. Materiais como cimento, tubulação elétrica, vaso e pia sanitários e padrão de energia são alguns dos itens para terminar a construção do sonho.
Para quem puder ajudar, principalmente com materiais de construção, o telefone é (67) 9 9193-9713 .