Alegando problema mental e nos rins, presos em bunker de cocaína pedem liberdade
Ministério Público foi contra pedido de soltura e disse que acusados representam risco à sociedade
Presos no último dia 31, em bunker que escondia 463 quilos de cocaína, Alessandro Vieira Kulhavy, 40 anos, e Everton Moura da Silva, de 38, pediram à Justiça para deixar o presídio onde estão detidos preventivamente por tráfico de drogas e associação criminosa. Entre as justificativas para o pedido de liberdade, a dupla elencou problemas mentais e cálculos nos rins.
Na petição, protocolada três dias após a prisão, a defesa alega que Alessandro enfrenta problemas renais e precisa ajudar o pai, que tem doença cardíaca e mora em uma chácara, na Capital. Já Everton afirma ter problemas mentais e fazer uso de medicamentos controlados, por isso, precisa de tratamento especializado.
Para os advogados, não há indícios suficientes que justifiquem a prisão preventiva, por isso, apontam como opção, medidas cautelares com uso de tornozeleira eletrônica.
Em seu parecer, o Ministério Público Estadual foi contra a soltura de Alessandro e Everton, por considerar que isso representaria perigo à sociedade. “O tráfico de drogas trata-se de delito que se desenvolve no tempo, sendo cada um de seus mercadores um elo permanente nessa corrente destrutiva e perniciosa”, considerou.
Agora, o pedido será analisado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Campo Grande que, nos próximos dias, vai analisar e decidir sobre o futuro da dupla.
Apreensão - A apreensão aconteceu depois da Polícia Civil monitorar imóvel onde, aparentemente, funcionava uma funilaria. No entanto, o anúncio de comércio era fachada para esconder ponto de armazenamento de drogas. Alessandro e Everton foram presos no local.
No prédio, foi encontrado uma espécie de bunker, onde estavam 353 tabletes de cocaína escondidos. Somada, a droga pesou 461 quilos, com valor aproximado de R$ 11,5 milhões.
Informações da investigação são de que o dono da droga é criminoso conhecido como “João Gordo”, que mora em Ponta Porã, na fronteira. De lá, ele dava as coordenadas do que deveria ser feito na Capital, sempre usando terceiros para fazer o que queria.