Alegando 'reabertura de diálogo', médicos encerram greve na Capital
Os médicos da rede municipal de Campo Grande resolveram em assembleia na noite desta quinta-feira (30) encerrar a greve iniciada na segunda-feira (26). A categoria alega que o Executivo retomou o diálogo e, por isso, suspenderam a greve.
Nesta tarde, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) recebeu representantes dos médicos, odontologistas e profissionais da enfermagem para mais uma rodada de negociações, e garantiu que até segunda-feira (3) terá uma solução para o impasse.
A previsão é que às 17h de segunda seja apresentada à proposta salarial para o Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), o Sinte-PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem do Município de Campo Grande) e o Sioms (Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso do Sul), no Paço Municipal.
A decisão do Sinmed em suspender acontece também no mesmo dia que o juiz José Eduardo Neder Meneghelli, da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, manteve a decisão de suspender a greve dos médicos e considerando a paralisação ilegal, uma vez que começou na segunda-feira (26) contrariando a ordem judicial anterior.
Para garantir o cumprimento, foi determinado o pagamento de R$ 10 mil de multa. Ainda assim, a ordem não foi obedecida. Com isso, nesta quinta, o magistrado mandou bloquear R$ 20 mil das contas do SinMed e aumentou a multa para R$ 100 mil.
O juiz também determinou que os carros em nome do presidente do sindicato, Flavio Freitas Barbosa, fossem apreendidos em entregues à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), para que a pasta possa providenciar "o socorro médico à população carente em razão da greve ilegal".