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Capital

Alvo de ação do Gaeco, policial da Deops foi preso por posse irregular de arma

Aline dos Santos | 11/05/2012 12:20

Na casa do policial, foram encontrados um revólver calibre 38 e munições

Carcaças de jukebox foram apreendidas em operação. (Foto: Elverson Cardozo)
Carcaças de jukebox foram apreendidas em operação. (Foto: Elverson Cardozo)

Preso na operação Orfeu, realizada nesta semana em Campo Grande, um policial lotado na Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social) foi parar atrás das grades por flagrante de posse irregular de arma de fogo.

A casa do policial, que não teve o nome divulgado e está desde 1988 na Polícia Civil, era uma dos alvos dos 32 mandados de busca e apreensão da ação que investiga uma organização criminosa dedicada à exploração ilegal de jogos de azar e de máquinas de música não licenciadas.

Não foi divulgado qual a relação dele com o esquema. A Deops é responsável pela concessão de alvarás a estabelecimento relacionados à diversão.

Na casa do policial, foram encontrados um revólver calibre 38 com documentação vencida e munições ponto 40 e 38 sem documentação, provavelmente compradas no Paraguai.

O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil. O preso, de 40 anos, foi levado para a 3ª delegacia de Campo Grande. Até então, ele aparecia nos registros policiais apenas como comunicante de crimes.

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil, nestes casos, é aberta uma sindicância para avaliar a conduta do policial. O processo administrativo pode resultar em advertência, suspensão não remunerada e demissão.

Música e jogos de azar - De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual) a operação Orfeu é resultado de três meses de investigação e resultou em 30 pessoas levadas para o Gaeco (Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Destas 30, 18 foram autuadas em flagrante e liberadas após pagamento de fiança.

Foram fechados diversos cassinos clandestinos que funcionavam em residências, resultando na apreensão de 37 máquinas caça-níquel, mobiliários, documentos com a contabilidade da atividade e anotações com referência a endereços de pontos de jogos, frequentadores e responsáveis pela contravenção.

Houve fechamento ainda de fábricas clandestinas, apreensão de 31 máquinas de música (“jukebox”) não licenciadas, 32 carcaças e diversos componentes utilizados para a montagem dos equipamentos, bem como para a montagem de máquinas caça-níquel.

Também foram recolhidos, para análise e investigação, quatro CPU´s, cinco HD externos e três notebooks, que passarão por perícia.

Conforme o Gaeco, foi verificado que a quadrilha responsável pelas máquinas - de junkebox e de caça-níquel - seria composta também por agentes policiais da ativa e aposentados.

A apuração também apontou o envolvimento de pessoas que já foram alvo de investigação nas operações Xeque-Mate, realizada pela Polícia Federal em 2007, e Las Vegas, deflagrada pelo Gaeco em 2009, ambas de combate à jogatina.

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