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Capital

Amigos lamentam morte de professor e escola fecha por luto no Centro

Francisco Júnior | 18/11/2014 09:44
Cartaz informando sobre a morte do professor foi pregado na entrada da escola. (Foto: Marcos Ermínio)
Cartaz informando sobre a morte do professor foi pregado na entrada da escola. (Foto: Marcos Ermínio)

“Uma pessoa alegre, uma pessoa feliz”. Com essa frase Amélia Garrido, 54 anos, definiu o professor de língua portuguesa, Francisco Borges dos Santos, 39 anos, assassinado em Campo Grande. O corpo foi encontrado em meio a um matagal às margens da rodovia BR-163, na saída para Cuiabá, na tarde de ontem (17).

Amélia trabalha há 27 anos na Escola Estadual Joaquim Murtinho e convivia diariamente com o professor, que lecionava há 10 anos na escola. Hoje, diante da notícia trágica, ao invés de recepcionar os alunos com um bom dia, como faz todo os dias, foi incumbida de informar que nesta terça-feira não haverá aula devido a morte de Francisco, carinhosamente conhecido como Chico.

Um cartaz também foi pregado na entrada principal da unidade de ensino informando sobre o cancelamentos das aulas em virtude da morte de Chico.

“Ele já chegava aqui com um sorriso no rosto. Sempre foi uma pessoa muito querida. Ontem chorei ao saber o que havia acontecido”, completou Amélia com lágrimas nos olhos.

A estudante Michele Corrêa, 15 anos, lembra com carinho do professor. Para ela, o mestre sempre se dedicou para que todos os alunos pudessem aprender as lições dadas em sala de aula. “Ele não só passava a matéria, se dedicava para que todos aprendessem”, recordou a jovem.

Vinícius Campos, 18 anos, afirma que o professor era muito exigente e tirava ao máximo dos alunos. “Passava vários trabalhos, cobrava bastante da gente. Vai fazer muita falta”, lamentou o rapaz.

Corpo do professor foi encontrado às margens de rodovia. (Foto: Alcides Neto)
Corpo do professor foi encontrado às margens de rodovia. (Foto: Alcides Neto)
Professor lecionava a disciplina de português na escola Joaquim Murtinho.
Professor lecionava a disciplina de português na escola Joaquim Murtinho.

Benedita de Oliveira Gomes, 63 anos, disse que a marca registrada de Chico era o sorriso. “Sempre estava sorrindo, cumprimentava todos aqui, falava com todo mundo”.

Desde o desaparecimento, no dia 9 deste mês, alunos, funcionários e professores se mobilizaram à procura do professor. No último domingo, o Campo Grande News já havia divulgado que Francisco havia sido morto e que a polícia estava a procura o corpo dele, encontrado ontem em estado de decomposição.

Dois homens foram presos suspeitos de envolvimento no assassinato. Ás 15 horas, o delegado Edilson dos Santos Silva, titular da DEH (Delegacia de Homicídios), responsável pelo caso, fará uma coletiva para apresentar os suspeitos e detalhes da investigação.

Conforme apurado pela DEH, os suspeitos mataram a vítima com intuito de roubar o carro dele, um Gol branco modelo 2015. O veículo foi localizado no estacionamento de um supermercado.

O corpo do professor ainda não foi liberado pelo IMOL (Instituto Médico Odontológico Legal).

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