Anvisa vem à Capital para discutir três mortes na quimioterapia
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) enviou representantes de Brasília para discutir as mortes ocorridas no Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul após a quimioterapia. Eles estão reunidos, desde às 9h, com representantes da Santa Casa e da comissão ampliada para investigar os óbitos, criada na sexta-feira.
O objetivo é saber se houve erro na dosagem ou na aplicação de dois medicamentos, que teriam causado três mortes. Um quarto paciente passou mal após as reações, mas continua internado. A Polícia Civil também apura o caso e já registrou quatro mortes no setor de quimioterapia do hospital.
O Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, que tem entre os sócios o ex-presidente do Hospital do Câncer, Adalberto Siufi, não notificou a Santa Casa das três mortes após a quimioterapia e pode ter o contrato suspenso.
Segundo a presidente da Comissão de Controle de Infectologia da Santa Casa, Priscila Alexandrino, 41 pessoas foram tratadas com o medicamento cinco fluoracil (5-FU), usado no combate ao câncer do intestino, e com o lelcovorin (ácido folínico, que potencializa os efeitos do primeiro). Desses, quatro apresentaram reações alérgicas e três morreram.