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Capital

Ao tentar bater na esposa, vizinhos dão "basta" à violência e amarram agressor

Marido já havia sido preso por violência doméstica e até cárcere privado, mas sempre consegue perdão porque o casal tem 7 filhos

Viviane Oliveira e Marcos Rivany | 24/01/2021 17:39
Corda usada para amarrar o vizinho e o sangue que ficou pelo local após as agressões (Foto: Marcos Maluf)
Corda usada para amarrar o vizinho e o sangue que ficou pelo local após as agressões (Foto: Marcos Maluf)

Após tentar bater na mulher, um homem de 39 foi amarrado pelos vizinhos até a chegada da Polícia Militar, na tarde deste domingo (24), na Rua Gazela, no Jardim Santa Emília, em Campo Grande. “Eu não aceito mais esse tipo de coisa”, justificou a dona de casa Tânia Cristina, 21 anos, amiga da vítima.

A tarde foi como um "basta" as intermináveis agressões que desta vez começaram na madrugada deste domingo, com pedidos de socorro. A vítima tem 7 filhos do agressor e ficou grávida pela primeira vez ainda adolescente, aos 17 anos. "Eu não consegui dormir à noite com medo dele bater nela. Ela chegou a pedir socorro durante a madrugada”, lamenta.

Tânia contou que hoje tomava tereré com a vizinha de 29 anos, quando o marido dela chegou bêbado e tentou agredi-la. Os vizinhos, um deles esposo de Tânia, mandaram o agressor se afastar, mas ele foi para cima deles, e a confusão começou. O homem foi agredido por pelo menos três moradores e amarrado até a polícia chegar.

Ela lembra que não aceita esse tipo de violência, pois cresceu vendo o pai agredir a mãe. “Já cheguei a chamar a polícia para o meu próprio pai. Se meu marido fizer isso comigo, eu mato ele. Sou contra homem bater em mulher”.

O autor ficou ferido e foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.

Ele sempre volta - A vítima relata uma história de dependência, que a leva a aceitar sempre o marido de volta. A mulher, que terá o nome preservado por conta dos filhos, contou que o marido se "transforma" toda vez que consome bebida alcoólica.

Há 2 meses o esposo já havia sido preso por violência doméstica e até cárcere privado, mas ela deu mais uma chance porque tem filhos pequenos, com idades entre 6 meses e 12 anos, e não tem onde morar.

“Eu preciso da casa, por isso fico com ele. A casa é da mãe dele”, lamentou. Ela disse que não pretende registrar boletim de ocorrência. “Aqui nenhum vizinho gosta dele . Porque ele é violento demais”, reclamou a vítima.

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