Enade aborda inclusão social em prova que avalia qualidade das universidades
Ao todo, o Enade avalia licenciaturas em 17 áreas de conhecimento das universidades brasileiras
Com baixa adesão, neste domingo (24), os estudantes do ensino superior participaram de mais uma edição do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Em Campo Grande, a prova foi aplicada na faculdade Estádio de Sá e o primeiro participante saiu por volta das 14h. Foram perguntas que abordaram, entre outros temas, questões de gênero, inclusão social e racismo.
Suellen Molares, de 33 anos, aluna de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), destacou a relevância da prova. "Eu acho importante fazer Enade, mas acho que faltaram mais questões de linguística e gramática, porém teve uma coisa nova, que foi elaboração de plano de aula".
Já Lúcio Leite Rondon, de 54 anos, aluno de pedagogia Uniasselvi, também gostou da prova. "Considero o Enade eficaz, pois trouxe assuntos como inclusão das etnias, diversidade de gênero, entre outros. Isso é importante porque educar, não é só disciplina, é inclusão de contexto social".
Para Thalysson Gomes, de 28 anos, também acadêmico de Letras, mas da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), o Enade até prepara para a vida profissional, mas não é suficiente para prática. "A prova trouxe temas interessantes e relevantes na questão social, como a inclusão de pessoas autistas, quem tem TDAH, e até sobre racismo foi falado".
Ao todo, o Enade avalia licenciaturas em 17 áreas de conhecimento, incluindo artes visuais, ciências biológicas, ciências sociais, computação, educação física, filosofia, física, geografia, história, letras (inglês), letras (português), letras (português e espanhol), letras (português e inglês), matemática, música, pedagogia e química.
No último levantamento, publicado em 2023, Mato Grosso do Sul teve posições distintas no ranking. Curso que costuma ser o mais concorrido, Medicina, surpreendeu no ranking. Disponível no interior do Estado, o da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) ficou em 42º lugar no Brasil, entre instituições públicas e privadas, inclusive à frente da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) – que abriu a formação há mais tempo. A federal alcançou a 65ª posição da lista nacional.
O curso de Agronomia na UFMS ficou em 14º entre os mesmos oferecidos em outras universidades do Brasil. A posição é a mais alta alcançada por um curso no Estado nesta edição do ranking da Folha. A mesma formação na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) ficou em 31º lugar e na UFGD, em 43º. Zootecnia, também na UFMS, apresentou o segundo melhor resultado (19º) de Mato Grosso do Sul. O curso também está bem cotado na UEMS (22º) e na UFGD (25º).
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