Após 12 anos, mãe consegue indenização para filha, vítima de erro médico
Depois de 12 anos uma mulher conseguiu na Justiça, o direito de indenização para a filha, vítima de erro médico.
Valdecí Batista Santos, 54 anos conta que a filha que na época tinha 8 anos, foi atropelada por um carro, quando andava de bicicleta. O responsável pelo atropelamento prestou socorro a vítima, que foi encaminhada para Santa Casa de Campo Grande.
No hospital, o médico ortopedista tirou uma radiografia e liberou a criança, afirmando que não havia nenhuma fratura. Como a menina se queixava de dores, a mãe levou a filha até outro hospital e descobriu que ela estava com duas fraturas no pé.
“O médico da Santa Casa pediu uma radiografia do tornozelo pra cima, nem viu o pé dela”, disse a Valdecí.
A funcionária pública chegou a procurar o Conselho Regional de Medicina para registrar o erro médico, mas lá o caso foi registrado com o parecer de “uma mãe inconformada”. Já o Conselho Federal informou que não poderia investigar o caso, porque não existiu óbito.
Depois das tentativas, Valdecí procurou a Defensoria Pública e ganhou o direito de indenização na Segunda Instância e, por unanimidade, no Superior Tribunal de Justiça. Ela foi atendida pela defensora Vera Regina Prado Martins.
“Hoje minha filha está com 20 anos e muito bem de saúde. Mas ela poderia ter perdido o pé se eu não procurasse outro médico”, conta a mãe.
A filha, Arianne Batista Ricarde atualmente é acadêmica de direito e segundo a mãe, vai utilizar o valor da indenização para comprar um carro e pagar parte da faculdade.