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Capital

Após 14h e acusação de agressão, índios deixam prédio da Funai

Segundo funcionários, que chegaram para trabalhar nesta terça-feira (3), o grupo saiu por volta das 21h de ontem

Danielle Valentim e Liniker Ribeiro | 03/04/2018 08:04
No local movimento é tranquilo e funcionários chegam para trabalhar.  (Foto: Liniker Ribeiro)
No local movimento é tranquilo e funcionários chegam para trabalhar. (Foto: Liniker Ribeiro)

O grupo de índios Terena que tomou a sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) na tarde de ontem (2) em Campo Grande deixou o prédio por volta das 21h desta segunda-feira. As informações são de funcionários que, na manhã desta terça-feira (3), já chegam para trabalhar.

Até ontem, Otoniel Gabriel, liderança da região da Terra Indígena Buriti e porta-voz dos manifestantes, afirmou que o prédio só seria liberado depois que a reivindicação de trocar a coordenação estadual fosse atendida por Brasília (DF).

O protesto começou por volta das 7h30 e foi encabeçado por famílias indígenas da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti. Na ocupação, o atual coordenador regional, Paulo Rios, afirma que foi agredido ao chegar no prédio. Por outro lado, os índios negam as agressões e afirmam que o coordenador se jogou na rua.

Pela manhã, a reportagem não encontrou Paulo Rios no prédio da Funai e ele também não atendeu as ligações.

Polêmica - Ex-assessor do ministro da Secretaria da Presidência, Carlos Marun (MDB), Paulo Rios Júnior assumiu o comando da Funai no dia 28 de setembro do ano passado. Na época, a escolha já havia gerado protestos de servidores da Funai e lideranças indígenas.

O comando da Funai em Mato Grosso do Sul estava vago desde 12 de dezembro de 2016, quando o coronel reformado do Exército Brasileiro, Renato Vida Sant'Anna, também sugestão de Marun, pediu exoneração do cargo.

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