Após 5 hectares virarem cinzas, 500 mudas serão plantadas no Parque dos Poderes
Árvores do Cerrado, especialmente mudas de ipês, vão dar cara nova ao espaço
A grama verde já voltou a brotar em área de 5 hectares do Parque dos Poderes, consumida pelo fogo, após incêndio criminoso há menos de um mês. Agora, projeto de recuperação vai plantar 500 mudas de árvores no espaço, a maioria, mudas de ipês, árvore símbolo de Campo Grande.
De acordo com Daniel Paulo Escobar, a intenção é de que as mudas comecem a ser plantadas já na próxima semana, em comemoração ao Dia da Árvore, no dia 21 de setembro. “Estamos dependendo das condições climáticas. É preciso vir chuva, até para que a planta não morra. Se continuar esse calor forte, faremos apenas algo simbólico até ter uma condição melhor”, explica.
A ação será em parceria com a Águas Guariroba. As mudas, de árvores do Cerrado, já têm cerca de um metro e estão sendo cultivadas em viveiro até o momento do plantio. “Quando estávamos planejando tudo, foi na época da florada dos ipês, e isso nos motivou a focar em plantar árvores do Cerrado”, comenta Daniel Paulo.
Após o episódio que assustou, o Governo estuda ferramentas para se prevenir em caso de incêndios, uma delas, implantar sistema de irrigação no entorno da mata. “Vamos atrás de recurso, até porque, isso nos protegeria de depois ficar apagando fogo feito louco”, finaliza o prefeito.
O caso - O incêndio começou na tarde do dia 16 de agosto e se estendeu madrugada adentro. O foco foi Rua Rio Claro e se alastrou para o outro lado da Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, atingindo o entorno dos prédios do Centro de Educação Infantil José Eduardo Martins Jallad (CEI Zedu), TV Educativa, Agraer e do Tribunal de Contas.
Dezenas de militares trabalharam no combate, e até uma máquina foi usada para jogar água para que o fogo acabasse. Foram usados 130 mil litros de água.
O incêndio foi criminoso e um homem de 81 anos acabou indiciado por crime ambiental. Ele foi flagrado por câmeras de segurança que ficam próximas à Acadepol (Academia de Polícia Civil). Imagens mostram que ele disfarça e, quando acha que ninguém está olhando, entra em terreno baldio. Dez minutos depois, a fumaça já começa a aparecer.
