Após audiência de 4h, Justiça ouve réu pela morte de Carolina nesta terça
O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, do dia 2 de novembro de 2017
Foram quatro horas de depoimentos e 14 testemunhas ouvidas durante a primeira audiência sobre a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, que aconteceu no fórum de Campo Grande na tarde desta segunda-feira (12). O estudante de Medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge, réu do processo, deve falar pela primeira vez a justiça nesta terça-feira (13).
Entre as testemunhas ouvidas nesta tarde estavam os pais e duas amigas de Carolina, que estavam com ela minutos antes do acidente que causou sua morte. Eles deixaram o fórum sem detalhar os depoimentos à justiça.
João Pedro dirigia uma caminhonete pela Avenida Afonso Pena quando atingiu o carro em que a advogada estava com o filho, na época com 3 anos. Ela morreu na hora e a criança foi levada para atendimento médico com vários ferimentos. Nesta terça-feira, o réu será ouvido pela primeira vez ao juiz da 1ª Vara Criminal Residual de Campo Grande, onde respondeu por homicídio culposo, quando não há intenção.
Para a família da advogada, João deveria ser julgado em júri popular. “Esperávamos que fosse para júri popular e aparentemente isso não vai acontecer. É lastimável porque ao dirigir embriagado ele assumiu o risco de matar", desabafou o engenheiro Lázaro Barbosa Machado.
Acidente - O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, por volta da meia noite e meia, do dia 2 de novembro de 2017. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o carro foi atingido pela caminhonete do estudante.
Baseado nas marcas de frenagem no chão, nos danos causados pela colisão nos dois veículos e outros vestígios encontrados na cena da morte de Carolina, a perícia determinou a velocidade que a caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro, em 115km/h.
O suspeito fugiu após o acidente e só se apresentou no dia 4 de novembro. Como já estava com mandado de prisão decretado, João foi detido e transferido para uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 50,5 mil, e colocar tornozeleira eletrônica.