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Capital

Após diagnóstico errado e 12h de espera em posto, idosa é transferida

Nícholas Vasconcelos e Helton Verão | 15/04/2013 14:59
Idosa é transferida após 12h de espera (Foto: Marcos Ermínio)
Idosa é transferida após 12h de espera (Foto: Marcos Ermínio)

A aposentada Sebastiana Galeano, de 64 anos, teve de esperar 12 horas para receber atendimento médico especializado no Centro Regional de Saúde 24 horas do bairro Guanandi, em Campo Grande. Além da espera, ela ainda recebeu diagnóstico errado quando chegou à unidade de saúde.

A aposentada deu entrada no posto a 1h30 desta segunda-feira (15) reclamando de dores nas costas e até as 8h recebeu atendimento para infecção urinária. Neste período, ela teve dois princípios de infarto e só às 8h, seis horas e 30 minutos depois, um novo médico constatou que se tratava de um problema no coração.

Segundo a família, este profissional solicitou um raio X que apontou que duas veias do coração estavam inchadas. Ele então pediu que fosse feita a transferência de Sebastiana para a Santa Casa, onde receberia atendimento com um cardiologista.

Começou, então, a luta da família para transferir a idosa, que estava acompanhada das filhas e do genro. A funcionária pública Sueli Galeano, 35 anos, e a dona de casa Flávia Galeano, 31 anos, estavam com a mãe na sala de atendimento, mas foram retiradas do local pela direção do posto.

De acordo com as filhas, a informação repassada pelos funcionários é que ela não poderia ter acompanhantes, apesar do Estatuto do Idoso permitir esse beneficio para toda pessoa com mais de 60 anos.

Sebastiana começou a urinar e a vomitar na própria roupa. Como não contava com o auxilio da família e dos funcionários do posto, teve de levantar para buscar um cesto de lixo. “Como pode a própria paciente ter que pegar um cesto para poder vomitar?”, questionou Sueli.

As filhas disseram que foram até o posto do Guanandi porque era o mais próximo da casa dela, no Jardim Leblon, mas que se arrependeram. “Se sabiam que o caso dela era grave, porque não deram prioridade?”, questiona Flávia.

O genro da idosa, Marinho dos Santos, 37 anos, conta que só houve promessa de transferência depois que ele entrou em contato com a imprensa. Ele conta que cogitou levar a idosa para a Santa Casa no carro da família, mas não houve autorização médica.

De acordo com Marinho, uma secretaria que trabalha para o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, foi até o local para informar a transferência.

Somente às 14h45, depois de 12 horas entre diagnostico errado e espera, Sebastiana foi transferida para Santa Casa.

O Campo Grande News entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), mas ainda não teve retorno.

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