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Capital

Após mobilização e busca por medula, Timóteo morre no hospital

Aliny Mary Dias | 21/04/2014 09:31
Bebê morreu na manhã desta segunda-feira (Foto: Reprodução/Facebook)
Bebê morreu na manhã desta segunda-feira (Foto: Reprodução/Facebook)

Vítima de pneumonia e de uma infecção grave, o bebê Timóteo Aydos, de três meses de vida, morreu na manhã desta segunda-feira (21), no Hospital Regional de Campo Grande. Com uma doença rara, o bebê mobilizou Campo Grade em busca de uma medula óssea compatível.

Timóteo era o segundo filho de Diego Recena e Ana Paula Aydos vítima da doença HLH (Linfohistiocitose Hemofagocítica), que tem como característica a agressão da defesa do organismo contra o próprio corpo. O primeiro filho do casal faleceu com a mesma doença há cinco anos.

Segundo o amigo da família, Alessandro Soalheiro, o bebê estava internado desde a semana passada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional com quadro de infecção grave e pneumonia. O estado de saúde piorou nos últimos dias e ele morreu por volta das 6 horas de hoje.

Os trâmites para o velório do bebê ainda estão sendo definidos e a cerimônia fúnebre deve ocorrer no Cemitério Jardim das Palmeiras, onde também será feito o sepultamento no fim da tarde de hoje.

Mobilização – A campanha em busca de uma medula compatível a de Timóteo começou no mês passado, quando o bebê ainda tinha 1 mês e poucos dias de vida. Organizada pela igreja onde o pai de Timóteo é pastor, a ação mobilizou a cidade, o Estado e chegou em várias partes do Brasil.

O impacto foi tamanho que em poucos dias de campanha, os bancos de sangue de Campo Grande somaram o montante de doações de sangue conseguidas em um mês. O aumento na Capital foi de 200%.

Na manhã de ontem (20), voluntários e amigos da família de Timóteo lançaram uma campanha no centro da Capital para a criação de um Centro de Transplantes de Medula Óssea e de um Banco de Cordão Umbilical Público em Mato Grosso do Sul.

A criação de um centro especializado aumentaria as chances de encontrar um doador compatível para quem depende do tratamento. O banco de Cordão Umbilical Público também é considerado vital, já que armazena tecidos sanguíneos contidos no cordão de um recém-nascido, que contêm as células-tronco capazes de criar os principais componentes do sangue humano, medula óssea e do sistema imunológico.

Hoje só há opção paga em Campo Grande, utilizada por pais que querem resguardar os filhos em caso de doenças graves no futuro.

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