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Capital

Após morte, segurança no Procon inclui PM à paisana e análise de ficha criminal

Órgão terá parceria com o serviço de inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública

Aline dos Santos | 14/03/2023 08:42
Policiais no Procon em 13 de fevereiro, quando PM aposentado matou empresário. (Foto: Marcos Maluf)
Policiais no Procon em 13 de fevereiro, quando PM aposentado matou empresário. (Foto: Marcos Maluf)

Um mês depois do assassinato de empresário durante audiência de conciliação, o Procon estadual (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) terá plano de segurança que inclui varredura nos antecedentes criminais de quem vai ao prédio e policial militar à paisana.

De acordo com o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, o serviço de inteligência será colocado à disposição da Sead (Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos), a qual está vinculada o Procon.

“Vamos disponibilizar meios para que os mediadores possam analisar e tomar mais cuidado. O serviço de inteligência vai consultar os antecedentes dos participantes nas audiências que tendem a ser muito tensas”, afirma o secretário.

A intenção é concentrar as audiências mais sensíveis numa única data e reforçar a segurança, inclusive com policiais à paisana. “O principal é adotar medidas em conjunto e nós vamos faze tudo o que estiver ao alcance da Sejusp”, afirma Videira.

Nesta terça-feira (dia 14), o Diário Oficial do Estado trouxe o extrato de um protocolo de intenções para “desenvolver ações conjuntas que impliquem na adoção de medidas preventivas e de aprimoramento da segurança e gestão de riscos nas rotinas processuais envolvendo o atendimento e as conciliações nas instalações do Procon/MS”.

O documento prevê que o plano de segurança seja apresentado em 60 dias, mas, conforme o secretário, algumas medidas serão adotadas de imediato. A reportagem não conseguiu contato com o Procon.

Homicídio – Na manhã de 13 de fevereiro, no Procon, localizado na Rua 13 de Junho, Centro de Campo Grande, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar aposentado José Roberto de Souza, de 53 anos. Os dois participavam de uma audiência de conciliação sobre direito do consumidor.

José fugiu a pé e só foi preso em 16 de fevereiro, quando se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

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