Ministério Público denuncia PM que matou empresário no Procon
Crime aconteceu no dia 13 de fevereiro durante uma audiência de conciliação por garantia de motor
O MPMS (Ministério Publico de Mato Grosso do Sul) denunciou o subtenente da PM (Polícia Militar) reformado José Roberto de Souza, 53 anos, por matar a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67, durante audiência de conciliação no Procon de Campo Grande no último dia 13 de fevereiro.
A denúncia por homicídio qualificado foi feita nesta sexta-feira (24) e no documento consta que José Roberto praticou o crime por motivo fútil, já que matou o empresário apenas “porque tiveram desavenças comerciais referentes aos serviços prestados pela vítima no automóvel do denunciado”.
Segundo o promotor de Justiça, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, o modus operandi adotado pelo militar ainda impediu que Caetano “pudesse esboçar qualquer reação” para impedir o crime qualificando o homicídio com utilização de “recurso a dificultar a defesa do ofendido”.
Além disso, consta no inquérito policial que em datas anteriores ao crime, José Roberto estava armado com a pistola Taurus calibre 380, mesmo estando em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, cujo registro encontra-se vencido.
No entendimento do promotor, a materialidade e a autoria estão evidenciadas pelo boletim de ocorrência, relatório de investigações e laudos periciais, “bem como pelas declarações colhidas ao longo da investigação”. Com isso, o MP denuncia o militar por homicídio duplamente qualificado e requer que seja fixado na sentença o valor mínimo para reparação de danos causados pelo crime.
Morte – Caetano foi executado durante uma audiência de conciliação no Procon, localizado na Rua 13 de Junho, região central de Campo Grande. Ele foi atingido por três tiros na cabeça dados pelo policial aposentado, que fugiu.
O militar acabou se apresando na 1ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado pelo advogado José Roberto Rodrigues da Rosa, na ocasião chegou a dizer que matou o empresário por ter se sentido desrespeitado e alegou ainda fazer uso de medicamentos controlados.