Após operação da Polícia Federal, diretor do HU é afastado por 60 dias
A Justiça Federal afastou por 60 dias o diretor geral do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande, José Carlos Dorsa Veira Pontes. Ontem, o hospital foi alvo da operação Sangue Frio, que investiga denúncias de contratos suspeitos, superfaturamento, corrupção e formação de quadrilha.
Hoje, a portaria 264 - assinada pela reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Maria Correa Oliveira – oficializou o afastamento por força de decisão judicial. A mesma ordem levou ao afastamento, também por 60 dias, de Alceu Edison Torres. Ele é gestor de contrato com os terceirizados.
No caso de Alceu, a reitora o colocou à disposição da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e do Trabalho. A Justiça também afastou dois servidores terceirizados, que ocupavam cargo de confiança. Os nomes não foram divulgados.
Ontem, o Campo Grande News entrou em contato com José Carlos Dorsa, mas ele relatou que estava fora de Campo Grande e não quis comentar a operação. O CRM/MS (Conselho Regional de Medicina) vai abrir processo disciplinar para investigar a conduta dos médicos.
Na operação da PF (Polícia Federal), também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do médico Adalberto Abrão Siufi, diretor-geral do Hospital do Câncer e ex-diretor do setor de oncologia do HU. Ele chegou a ser preso por porte ilegal de arma. Mas foi liberado após pagar fiança de R$ 30 mil.
No Hospital Universitário, são investigados fraudes em licitações, corrupção passiva, desvio de dinheiro público e superfaturamento em obras. Já o Hospital do Câncer é suspeito de servir como fachada para desvio de dinheiro público. A unidade oferece tanto atendimento privado quanto pelo SUS(Sistema Único de Saúde) e é administrada pela Fundação Carmem Prudente.