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Capital

Após pai morrer em UPA, filhos temem que história se repita com a mãe

Tereza está há 72 horas na unidade e já tem decisão judicial para transferência

Leandro Abreu | 11/05/2016 11:44
Tereza aguarda transferência há 72 horas e já teve três paradas cardíacas. (Foto: Direto das Ruas)
Tereza aguarda transferência há 72 horas e já teve três paradas cardíacas. (Foto: Direto das Ruas)
Eribaldo ficou cinco dias internado e morreu antes de ser transferido. (Foto: Arquivo)
Eribaldo ficou cinco dias internado e morreu antes de ser transferido. (Foto: Arquivo)

Em nove meses, uma família revive o drama de ter um parente internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, em Campo Grande, precisando de uma vaga de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e sem ter mais a quem recorrer. Tereza de Jesus Malta, 66, está internada há 72 horas na unidade com princípio de pneumonia e já teve três paradas cardíacas. No ano passado, o marido Eribaldo Fagundes ficou cinco dias na mesma unidade de saúde e morreu no local sem conseguir ser transferido.

Desesperados, os filhos de Tereza acionaram a Defensoria Pública e já conseguiram na Justiça a ordem de transferência, mas até o momento a idosa continua internada na UPA. “É uma história que nós já vimos acontecer e perdemos nosso pai. E está se repetindo! Estou com um pedido do médico afirmando que ela não pode ficar de forma alguma na UPA e não sabemos mais o que fazer”, disse o filho Ricardo Fagundes, 36.

Conforme o filho, Tereza chegou bem na UPA somente com uma falta de ar. “Disseram que ela estava com uma infecção no pulmão, dando princípio de pneumonia. Nesse momento já levaram ela para a ala vermelha e entubaram. Por conta disso, a transferência dela também precisa ser em uma ambulância com UTI”, disse lembrando que a mãe não tinha nenhum histórico de problema respiratório.

Já o pai, tinha câncer no pulmão e a situação se agravou por conta do tempo frio naquela época. “Meu pai ficou internado cinco dias naquela mesma UPA e não conseguimos transferir a tempo. Isso dá muito medo, pois não é um caso de risco, mas sim de alto risco”, completou.

O Campo Grande News tentou contato com o secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, para saber se há previsão de transferência da paciente, mas até o fechamento desta matéria ele não atendeu as ligações.

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