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Capital

Após prisão, suspeito de estuprar frentista é afastado do Bope

Decisão foi publicada no Diário Oficial; autor usou arma da corporação para ameaçar a vítima

Gustavo Bonotto e Ana Paula Chuva | 14/08/2023 23:19
Porta de entrada da Deam, onde caso é investigado. (Foto: Alex Machado)
Porta de entrada da Deam, onde caso é investigado. (Foto: Alex Machado)

Acusado de estuprar uma frentista de 24 anos no Jardim Noroeste, o policial militar Israel Giron Arguelho Carvalho, 30, foi oficialmente afastado do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) após publicação no DOE (Diário Oficial do Estado).

Segundo o texto, disponibilizado nesta segunda-feira (14), o então soldado foi transferido do esquadrão de elite para o comando do presídio militar onde está encarcerado, em Campo Grande.

Assinado virtualmente na sexta-feira (11) pela subcomandante-geral da PM, Neidy Nunes Barbosa Centurião, a decisão pontua inconveniência da permanência do policial militar na OPM (Organizações Policiais Militares), guarnição ou no cargo, e coloca Israel "à disposição do Comando Geral do Presídio Militar".

Publicação no Diário Oficial afasta acusado de estupro do Bope. (Foto: Reprodução)
Publicação no Diário Oficial afasta acusado de estupro do Bope. (Foto: Reprodução)

O caso - Mais cedo, a delegada Marianne Souza concedeu entrevista à reportagem. De acordo com a responsável pelas investigações, o suspeito usou a arma da corporação para ameaçar a vítima que foi abordada em uma rua do Jardim Noroeste, quando saiu do posto de combustíveis onde trabalha e seguia para casa, por volta das 21h.

A vítima, depois de solta, acionou a PM que fez buscas na região e, na madrugada do dia 9 de agosto, foi até a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) registrar a ocorrência. “Isso foi muito importante, porque ela decorou a placa, as características do autor e alguns caminhos que ele fez com ela durante o crime”, disse Marianne.

Ainda conforme a delegada, o autor não usou camisinha, então, o material colhido durante o exame de corpo de delito foi usado para confrontar a identidade do suspeito que foi reconhecido pela vítima. Além de análise de câmeras de segurança durante o percurso feito pelo policial militar.

Ele foi preso em casa, na região do Bairro Ana Maria do Couto, e optou por ficar em silêncio durante o depoimento. Com ele foram encontradas a camiseta e a arma usadas no crime, assim como o Fiat Mobi branco, reconhecido pela vítima.

A reportagem questionou a Polícia Militar. Por meio de nota, a assessoria de imprensa informou que o soldado "foi recolhido para o Presídio Militar Estadual e transferido para o Batalhão de Guarda e Escolta da Polícia Militar".

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