Após quatro anos, Capital terá inquérito canino de leishmaniose
O CCZ (Centro de Controle de Zoonozes) de Campo Grande deve fazer entre junho e julho o primeiro inquérito canino de leishmaniose, quatro anos após o último levantamento. A meta é intensificar o combate à doença, que acomete, em média, 160 pessoas por ano na Capital.
A coordenadora do CCZ, Silvia Barbosa do Carmo, explica que são aguardados os kits sorológicos do Ministério da Saúde, mas a perspectiva é de um cenário agravado em relação ao último inquérito.
“Vínhamos atuando em todas as vertentes, inclusive com encoleiramento, quando há uma ruptura esse trabalho é prejudicado”. Silvia ressalta que, embora os donos de animais positivos para a doença estejam resguardados por força de decisões judiciais, o Ministério da Saúde não preconiza o tratamento. Nestes casos, o CCZ irá monitorar os animais, cujos donos optarem pelo tratamento.
O cão é um hospedeiro natural do protozoário causador da leishmaniose, mas a transmissão da doença se dá pela picada do mosquito flemótomo, conhecido como “palha”.
O mosquito vetor se reproduz em locais onde há acúmulo de material orgânico, por isso a limpeza dos quintais é fundamental para combater a doença. O uso de repelentes para ambientes e específicos para os animais também é método eficaz de combate e há vacina específica para prevenção em cães.