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Capital

Assassino matou rapaz em roda de tereré para quitar dívida de R$ 1.500

Mandante do crime se apresentou à polícia, prestou depoimento e foi liberado

Clayton Neves | 27/05/2021 17:19
Bombeiros analisam local onde vítima foi morta. (Foto: Marcos Maluf)
Bombeiros analisam local onde vítima foi morta. (Foto: Marcos Maluf)

Mandante da morte de Yuri Salazar Fialho, de 21 anos, Gabriel Henrique Katsui da Silva, de 19 anos, se apresentou à polícia na manhã desta quinta-feira (27). À polícia, ele disse que “Buguinho”, o atirador, matou a vítima para quitar dívida de R$ 1.500.

Em depoimento, Gabriel disse que momentos antes do crime foi abordado e agredido pela vítima e três amigos. A justificativa para a agressão seria a negociação de uma moto irregular, no entanto, ele negou que tivesse vendido o veículo para o jovem.

O suspeito contou que depois de apanhar foi até a região da Avenida Tamandaré, onde encontrou com o atirador, identificado como “Buguinho”. Segundo ele, o autor já estava armado com um revólver calibre 38. “Ele contou o que tinha acontecido e como o “Buguinho” devia R$1.500 para ele, combinaram de voltar ao local. Com isso, a dívida estaria quitada”, explica o delegado Jefferson Rosa, responsável pelas investigações.

Segundo Gabriel, a princípio a intenção era apenas “dar um susto” em Yuri, no entanto, ao chegar ao local, “Buguinho” disparou duas vezes contra a vítima. Com a situação já fora de controle, o jovem acabou pedindo que o atirador “finalizasse” e desse um “confere”, indicando que último disparo fosse dado na cabeça do jovem.

A princípio a polícia suspeitava que “Buguinho” fizesse parte do PCC, mas a hipótese foi afastada no decorrer das investigações. “Depois de atirar ele disse ‘aqui é PCC’, mas fez isso para demonstrar poder”, afirma o delegado.

Depois da execução, o suspeito fugiu do local e viajou para a região de Dourados, onde ficou escondido até procurar um advogado e negociar apresentação à polícia. Já o atirador segue foragido e está sendo procurado pela polícia.

Gabriel prestou depoimento acompanhado de um advogado e como não havia pedido de prisão preventiva, foi liberado.

O caso - O crime aconteceu na manhã de segunda-feira (24), na Rua Eduardo Carrilho de Oliveira Lima, no Portal da Lagoa, em Campo Grande. A vítima estava em uma roda de tereré com amigos e foi atingida na cabeça, abdômen e braço.

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