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Capital

Assassino quebrou perna de rapaz 2 dias antes de queimá-lo e enterrá-lo

João Vitor Pereira Ribeiro afirmou em depoimento que, se não fosse a vítima, ele quem estaria morto

Por Ana Paula Chuva | 12/02/2025 13:41
Assassino quebrou perna de rapaz 2 dias antes de queimá-lo e enterrá-lo
João Vitor (esquerda), Ronaldo (centro) e Mauricio (direita) presos por envolvimento no homicídio (Foto: Reprodução)

Envolvido na morte de Emílio Vilalba, 27 anos, adolescente de 16 anos contou que João Vitor Pereira Ribeiro, 20 anos, chegou a quebrar a perna da vítima dois dias antes do crime deixando o rapaz “inabilitado”. O cadáver foi encontrado na manhã de terça-feira (11), metade queimado e metade enterrado em um terreno na Rua Focho Yamaki, Bairro Mata do Jacinto, em Campo Grande. Também foram presos Maurício de Castro Velasques, 29 anos, e Ronaldo da Silva Santos, 23 anos.

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Em Campo Grande, João Vitor Pereira Ribeiro, de 20 anos, é acusado de matar Emílio Vilalba, de 16 anos, após quebrar suas pernas dois dias antes do crime. O corpo de Emílio foi encontrado queimado e enterrado. João Vitor confessou ter planejado o crime devido a ameaças que sofria da vítima. Outros dois suspeitos, Maurício de Castro Velasques e Ronaldo da Silva Santos, também foram presos. O adolescente envolvido relatou que João Vitor e Ronaldo levaram o corpo para os fundos da casa e atearam fogo. João Vitor afirmou que agiu em legítima defesa, temendo ser morto por Emílio.

Em depoimento, acompanhado pela mãe, o garoto relatou que conhecia a vítima só de vista porque já o havia xingado e tinha raiva dele, porém não a ponto de matá-lo. No relato, o adolescente contou que estava na casa de Emílio com o João Vitor dois dias antes do crime e que o rapaz deu uma surra no morador a ponto de quebrar suas pernas.

O rapaz ficou inabilitado em cima da cama por conta da agressão, de acordo com o menino, por isso, a pessoa identificada como “Bigode” o matou facilmente no dia do crime, enforcando com uma corda. O adolescente chegou a afirmar em primeiro momento que não participou da agressão e nem do homicídio, porém esteve nos dois dias na casa e viu tudo, só que ficou com medo de entregar os colegas à polícia.

Segundo o relato do garoto, João Vitor e Ronaldo levaram a vítima no colchão, depois de morta, até os fundos da casa e lá atearam fogo. Maurício estava na residência, de acordo com o adolescente, porém foi embora no momento em que Emílio começou a ser enforcado. Ele foi encaminhado para a Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

Já João Vitor confessou em depoimento que planejou a morte de Emílio um dia antes do crime. Em depoimento ao delegado Reges de Almeida, o rapaz contou que, em maio de 2024, foi alvo de tentativa de homicídio. Na ocasião, foi atingido por quatro facadas e desde então era ameaçado pela vítima.

“Fizeram casinha para mim naquela época. Decidimos no dia anterior, porque ele ficava me ameaçando. Sábado para domingo fomos lá, pedimos licença para a dona e entramos na casa. Eu fiquei no portão e o Bigode e o adolescente (que terá o nome preservado) entraram. O menino foi com a corda e o Bigode ficou segurando”, relatou o rapaz.

Na versão de João, Emílio tentou reagir, porém, foi contido por Bigode – apontado depois como sendo Ronaldo. “Depois fomos para fora da casa. Levamos ele para os fundos. O Ronaldo cavou o buraco e deixamos lá. No domingo, a dona foi lá em casa dizer que tinha uma pessoa procurando pelo Emílio e viu o corpo, aí estava dando nojo. Então de madrugada colocamos fogo”, afirmou.

Questionado sobre estar arrependido, João Vitor apenas alegou ao delegado responsável pela investigação “se não fosse ele, ia ser eu” e finalizou o depoimento, dizendo que Maurício não tem envolvimento no homicídio.  Os outros dois rapazes presos em flagrante pelo assassinato optaram por ficar em silêncio.

Ronaldo tem passagens por furto e furto qualificado, João por ameaça e Maurício por violência doméstica, posse de droga para consumo pessoal e furto.

Caso -  O cadáver de Emílio foi encontrado na manhã de ontem no terreno da casa onde morava. O corpo estava parcialmente queimado e metade enterrado nos fundos da residência frequentada por usuários de drogas.

Como estava em estado avançado de decomposição, quando os policiais militares, a acionados para atender a ocorrência, puxaram a vítima, o corpo se rompeu ao meio. Os envolvidos no crime foram presos logo depois da descoberta do cadáver.

Assassino quebrou perna de rapaz 2 dias antes de queimá-lo e enterrá-lo
Local onde Emílio foi enterrado inicialmente no quintal da casa onde morava (Foto: Marcos Maluf)

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