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Até com versão míni, sinalização de trânsito falha traz perigo em bairros

Regra diz que sinalização precisa ser vista à distância para ser lida em tempo hábil

Aline dos Santos | 16/07/2018 13:21
No bueiro, placa sinaliza para ninguém no bairro Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Saul Schramm)
No bueiro, placa sinaliza para ninguém no bairro Maria Aparecida Pedrossian. (Foto: Saul Schramm)

Enquanto uma placa de Pare, dentro de um bueiro, sinaliza para ninguém no bairro Maria Aparecida Pedrossian, um cruzamento sem nenhuma sinalização leva perigo na Vila Bandeirantes, em Campo Grande.

A placa que ordena a parada obrigatória, essencial para organizar o trânsito nos bairros, também pode ser encontrada de cabeça para baixo ou na versão míni, bem abaixo da altura regulamentar de 2 metros a 2,5 metros.

No cruzamento da avenida Orlando Daros com a rua João Francisco Damasceno,no bairro Maria Aparecida Pedrossian, a conversão à direita é livre, mas uma placa de Pare no bueiro sinaliza para o vazio.

Na Vila Bandeirantes, a confluência da avenida Marechal Floriano e Vicente Solari, é uma incógnita. A sinalização horizontal se apagou e não há placas. Com o agravante de ser um ponto de mudança de preferencial da avenida.

“Os acidentes são frequentes na esquina. Vi de um carro com motocicleta”, afirma José Luiz Martins, 48 anos. Enquanto a reportagem estava no local, um condutor até bateu palmas, na expectativa de que a divulgação do problema possa, enfim, trazer a sinalização correta para o cruzamento.

Uma quadra antes, onde a Marechal Floriano cruza com a Cyriaco Maymone, a sinalização horizontal se resume a um E, única letra do Pare a resistir no asfalto.

Na Vila Piratininga, na esquina da Anhanguera com Voluntários da Pátria, só sobrou o poste da sinalização vertical, oculto em meio à copa de árvore. “As pessoas arrancam e jogam fora. Os carros batem”, conta Dorgival dos Santos Filho, 32 anos, sobre a saga da placas no bairro.

Na Vila Bandeirantes, cruzamento não tem placa e nem sinalização no asfalto. (Foto: Saul Schramm)
Na Vila Bandeirantes, cruzamento não tem placa e nem sinalização no asfalto. (Foto: Saul Schramm)
Um Pare de ponta-cabeça na Vila Piratininga.  (Foto: Saul Schramm)
Um Pare de ponta-cabeça na Vila Piratininga. (Foto: Saul Schramm)

Perto dali, na rua Estevão Alves Ribeiro, um mesmo cruzamento tem placa de ponta-cabeça numa esquina, enquanto na outra, resta apenas um poste. “A placa já estava solta e aí levaram”, diz Neuzeli Nascimento de Freitas, 47 anos.

Sem uma das placas, a dúvida sobre a diferencial resulta em freadas bruscas. Também na Piratininga, enquanto há poste sem placa, tem placa com um poste bem abaixo da altura regulamentar.  A versão míni da placa fica na rua Estevão Alves Ribeiro, esquina com a 9 de Julho. 

Na implantação da sinalização de trânsito, deve-se ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via, garantindo a real eficácia dos sinais. Portanto, a sinalização precisa ser vista à distância para ser lida em tempo hábil.

Já os suportes devem ser fixados com condições de manter, rigidamente, as placas em sua posição permanente e apropriada, evitando que sejam giradas ou deslocadas. A borda inferior da placa deve ficar a uma altura livre entre 2 metros e 2,5 metros em relação ao solo.

Na rua Estevão Alves Ribeiro, placa míni fica abaixo da altura indicada para boa visualização do Pare. (Foto: Saul Schramm)
Na rua Estevão Alves Ribeiro, placa míni fica abaixo da altura indicada para boa visualização do Pare. (Foto: Saul Schramm)

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