Ato em defesa da democracia será realizado nesta quinta em Campo Grande
Manifesto será realizado às 10h no auditório do ACP na Rua Sete de Setembro, no Centro
Nesta quinta-feira (11) serão realizado em todas as regiões do Brasil atos em defesa da democracia, além de Campo Grande, pelo menos outras 20 capitais terão manifestação no manifesto em defesa da democracia e do processo eleitoral, organizado pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo).
Em Mato Grosso do Sul a ação acontece apenas na Capital e será realizada às 10h no auditório do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), que fica na Rua Sete de Setembro, 693, no Centro.
O movimento teve início com a publicação da chamada Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, que já foi assinada por 900 mil brasileiros e brasileiras. Banqueiros, empresários, artistas, advogados, integrantes da magistratura e do Ministério Público estão entre os signatários do documento.
Com os atos organizados simultaneamente em diversas regiões do Brasil, a meta é que as adesões passem de 1 milhão. É possível ler a íntegra e assinar o manifesto por meio de um formulário divulgado pela Faculdade de Direito da USP. Basta informar nome completo, CPF, e-mail e ocupação. Acesse o formulário clicando aqui.
Na ocasião, representantes de entidades de classe, de instituições, movimentos populares, e da sociedade civil estarão reunidos para fazer a leitura da Carta - que já teve uma 1ª versão, em 1977, ainda na Ditadura Militar - além de conclamar aos cidadãos que assinem este manifesto em prol do voto popular livre, das eleições limpas e da manutenção do estado democrático de direito.
A data de 11 de agosto foi escolhida pois neste mesmo dia, no ano de 1827, Dom Pedro 1º decretou a instalação dos cursos jurídicos no Brasil. Antes desta data a conclusão dos estudos superiores eram realizadas em Portugal e na França.
No ano de 1977, um grupo de advogados e juristas elaborou uma carta de conteúdo semelhante, que reforçava a defesa do estado democrático de direito. Naquele ano, também no mês de agosto, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre em Direito, também no Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, em que denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção. A carta conclamava o restabelecimento do Estado de Direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.