Bandidos incendeiam carro na Praça das Araras apesar de mega operação
Bandidos continuam os ataques mesmo em meio à mega operação iniciada nesta madrugada. Uma caminhonete que vende frutas na rua João Rosa Pires, próximo à praça das Araras acabou de ser incendiada. Os bombeiros foram acionados por volta das 12h30. Com este incêndio já sobe para 13 o número de veículos queimados desde a madrugada de quarta-feira.
Nas primeiras horas de sábado, três automóveis foram alvos dos criminosos no Jardim dos Estados, um dos bairros mais valorizados da cidade. No início da noite, duas motocicletas foram atacadas em frente a Praça do Rádio e da Igreja Santo Antônio, no Centro.
Desde as 4h30 da manhã, mais de 20 delegados estão nas ruas e 25 mandados de busca e apreensões estão sendo cumpridos desde às 6h. Até o momento, três suspeitos foram presos.
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) confirmou a participação da facção criminosa no assassinato de um polícial militar em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.
Nesta manhã, policiais civis, militares e guardas municipais estiveram no Cetremi (Centro de Triagem do Migrante), em Campo Grande. A movimentação foi intensa no local. Policiais revistaram os ocupantes do Cetremi, mas nada foi localizado.
Tensão – A morte do policial militar aposentado Otacílio de Oliveira, de 60 anos, no dia 6 de março, marcou o início das ações criminosas no Estado. Após o crime, foi levado a público que a Polícia do Estado já tinha informações de que policiais seriam alvos de atentados.
Depois do homicídio vieram os ataques a veículos em Campo Grande. Caminhões, carros e motocicletas foram queimados. O primeiro foi entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta. Os últimos três foram neste sábado, no Jardim dos Estados, bairro de classe alta.
Vândalos também atearam fogo em um caminhão estacionado em frente à Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia. Nenhum suspeito foi localizado.
Motivo - Segundo o secretário, três hipóteses são investigadas para a série de atentados: envolvimento da facção criminosa surgida nos presídios paulistas, de aproveitadores e boateiros. Os dois últimos seriam pessoas não ligadas aos bandos que, sabendo do clima de tensão, se aproveitam da situação.