Bandidos tinham intenção desde o início de matar universitários, diz delegada
Durante coletiva na manhã de hoje (3), os assassinos dos estudantes Breno Luigi Silvestrini, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, de 19 anos, disseram que mataram os dois jovens porque não tinham um local para deixá-los.
De acordo com a delegada da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Maria de Lourdes Souza Cano, desde o momento em que abordaram as vítimas, os bandidos tinham a intenção de matar.
“ Eles não tinham nada para amarrar as vítimas. Desde o princípio tinham a intenção de matar as vítimas”, afirmou a delegada.
Durante apresentação dos cinco dos quatro envolvidos no crime: Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, Rafael da Costa Silva, de 22 anos, Weverson Gonçalves Feitosa, 22 anos, e Raul Andrade Pinho, 18 anos, a delegada revelou detalhes da investigação.
Segundo Maria de Lourdes, Rafael e Weverson aguardaram as vítimas saírem do bar. No momento em que Leonardo acionou o alarme da caminhonete Pajero, ele e o amigo foram abordados pela dupla.
Weverson assumiu a direção do veículo. Leonardo foi para o banco do passageiro, enquanto que Breno foi para o banco de trás junto com Rafael. De lá, seguiram para as saídas de Aquidauana e Rochedo, na região do Indubrasil.
Eles estavam sendo seguidos por um Fiat Uno, onde estavam Dayane e o irmão de Rafael, um adolescente de 17 anos. Durante o trajeto, segundo a delegada, Breno foi violentamente espancado por Rafael.
Na entrada de uma galeria de água pluvial, os estudantes tornaram a ser espancados pela dupla. Maria de Lourdes revela que as vítimas chegaram a implorar para não morrerem. Falaram para os bandidos levarem o veículo, mas para deixarem eles vivos.
Os dois foram colocados de joelhos. O primeiro a ser morto foi Breno com um tiro na cabeça. Leonardo ao ver que o amigo havia sido baleado, se mexeu e o tiro acabou acertando sua cabeça de lado. Todos os disparos foram feitos por Rafael.
Conforme Maria de Lourdes, os estudantes foram mortos cerca de 30 minutos após serem abordados.
Após o assassinato, Weverson, Rafael e Dayane seguiram rumo a Corumbá na Pajero. Já o adolescente deixou o local dirigindo o Fiat Uno e foi para a casa de Raul, no bairro Guanandi.
Próximo da entrada de Corumbá, o trio abandonou o veículo após se depararem com uma barreira do DOF (Departamento de Operações da Fronteira). Os três se esconderam em um matagal na região.
Dayane foi a primeira ser presa, em Corumbá. Ela entregou a Polícia os outros envolvidos no crime. Rafael foi capturado ainda na mata e Weverson na casa do pai dele, em Aquidauana. Raul foi preso na casa dele, onde a adolescente também estava.
Durante as investigações, a Polícia utilizou um helicóptero do Exército Brasileiro nas buscas à arma utilizada no crime, um revólver calibre 38. A aeronave sobrevoou a área onde os bandidos se esconderam.
Todos os envolvidos foram presos em flagrante, já que a polícia resolveu o caso em menos de 24 horas de trabalhos ininterruptos. O grupo está detido na Defurv.