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Capital

Região é insegura, reclamam vizinhos de bar de onde jovens assassinados saíram

Nicholas Vasconcelos e Helton Verão | 31/08/2012 19:48

Moradores reclamam da escuridão e da violência na região do bar no bairro Miguel Couto. (Foto: Helton Verão)
Moradores reclamam da escuridão e da violência na região do bar no bairro Miguel Couto. (Foto: Helton Verão)

Os vizinhos do 21 Bar & Lazer reclamam da insegurança na região depois da morte dos universitários Breno Luigi Silvestrini de Araújo, 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, nesta quinta-feira (30). São relatos de assaltos, furtos, venda e uso de drogas nas imediações do bar e também da universidade Anhanguera/Uniderp.

A advogada Mariana Frezarini, 23 anos, morou na região por cinco anos por conta da faculdade e aponta a falta de iluminação como causa dos problemas de violência na região. “É muito normal ver gente vendendo droga, usando droga e sentir o cheiro de droga”, contou. Ela disse que o irmão mora no mesmo bairro e que já foi assaltado em frente de casa.

Mariana diz ainda que além do bar e da escuridão, a universidade nas proximidades faz com que os ladrões procurem a região para cometer o crime.

Quem mora nas proximidades e tem filhos jovens diz tomar todos os cuidados necessários com a segurança. A empresária Ester de Almeida, 46 anos, conta que tem um filho de 20 anos e uma filha de 12 anos e diz que a proíbe os filhos de frequentar o bar e também a lanchonete, tudo para evitar a violência.

Segundo Ester, na terça-feira (28), nove carros tiveram os vidros quebrados e sons furtados desde o bar até a porta da casa dela. Ela diz que na maior parte dos casos os ladrões também estão em carros, muitos deles até veículos de luxo.

Moradora da região há nove anos e que os crimes se intensificaram no último ano. A empresária conta que os vizinhos fizeram abaixo-assinados para pedir o fechamento do 21 e levaram até a Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social), mas só conseguiram a redução do som do estabelecimento.

Caso- Breno e Leonardo desapareceram por volta das 20h40 desta quinta-feira (30) após sair do bar, no bairro Miguel Couto, na Capital. Eles chegaram ao estabelecimento em um Mitsubishi Pajero, do pai de Leonardo, e que foi recuperada pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, e na fronteira com a Bolívia. O veículo foi abandonado pelos ocupantes depois que avistar a barreira da Polícia.

Os universitários foram encontrados mortos na região do Idubrasil, entre as saídas de Aquidauana e Rochedo, na tarde desta sexta-feira (31). As vítimas tinham um tiro na cabeça e lesões nas mãos e pés.

A manicure Dayane Aguirre Clarindo, 24 anos, foi presa pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262 em Miranda e trazida para a Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

O marido de Dayane e um amigo também são apontados como suspeitos e ainda não foram presos.

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