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Capital

Bombeiros percorrem mais 10 km de rio, sem encontrar corpo de Kauan

Buscas, que chegaram nesta terça-feira ao quinto dia, serão retomadas amanhã pelos militares

Anahi Gurgel | 25/07/2017 17:56
Corpo de bombeiros durante as buscas por corpo de criança, nesta terça-feira (25). Atividades encerradas sem nenhum indício do corpo. (Foto: André Bittar)
Corpo de bombeiros durante as buscas por corpo de criança, nesta terça-feira (25). Atividades encerradas sem nenhum indício do corpo. (Foto: André Bittar)

Depois de mais um dia de buscas pelo corpo do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, em Campo Grande, o Corpo de Bombeiros acaba de encerrar as atividades desta terça-feira (25) no rio Anhanduí.

Nesse quinto dia de procura, o trabalho dos bombeiros esteve concentrado no trecho do rio próximo à saída para Sidrolândia, na BR-060, em áreas que serpenteiam duas propriedades rurais particulares. 

Foram realizadas buscas em aproximadamente dez quilômetros além da Ponte do Pênfigo, com duas equipes atuando no leito e nas margens do rio, ouvindo as pessoas ao redor.

“Encontramos muitos animais mortos, mas nenhum indício de corpo humano. Pescadores que os bombeiros cruzavam no caminho foram questionados, mas ninguém viu nada”, informou o tenente Alex Fernandes, da assessoria de imprensa.

O tenente ressaltou que o trabalho dos bombeiros no rio vai continuar até encontrar o corpo do garoto ou até que haja outra orientação do responsável pela investigação, o delegado titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto, para que as buscas sejam realizadas em outro local.

“Até que isso aconteça não iremos interromper as buscas, somente no período noturno devido à perda de visibilidade”, enfatizou.

O trabalhos devem ser retomados no clarear desta quarta-feira (26). “Não dá para precisar o horário, pois pode ser que as buscas tenham início logo cedo ou que, antes, haja reunião para definir a estratégia do dia”, explicou. 

Crime – A polícia investiga se Kauan foi estuprado até a morte por um homem de 38 anos, que teria jogagado o corpo no rio Anhanduí, segundo relato de um adolescente de 14 anos, que teria ajudado o suspeito.

Segundo a polícia, a vítima morava no bairro Aero Rancho e, no dia 5 de junho, estava a cerca de 3 km de casa, no bairro Coophavilla 2, cuidando de carros. O adolescente, que era conhecido do garoto, o encontrou e o levou até a casa do homem, onde a criança teria sido estuprada.

A cronologia do crime foi determinada com base na confissão do adolescente. O suspeito nega ter cometido a violência sexual e o homicídio.

Pedofilia – Ainda conforme a investigação, o pedófilo, que se identificada como professor, mas trabalharia com a revenda de celular, dava dinheiro para o adolescente levar crianças para a casa dele, onde ele as estuprava.

Na residência do suspeito, foram encontrados vários filmes pornográficos e dois filmes do próprio homem tendo relações sexuais.

As investigações tentam apurar se ele também não teria estuprado mais dois pré-adolescentes de 10 e 11 anos e há indícios de que até o próprio adolescente que participou do assassinato de Kauan já era vítima dos abusos.

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