Caçamba bloqueia ciclovia ao lado de placa de proibido estacionar
Depósito de entulhos de obra da Agetran impede a passagem em ciclovia recém-inaugurada, mas já muito frequentada por ciclistas
Obra de empresa terceirizada contratada pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) tem chamado a atenção e incomodado quem passa de bicicleta ou a pé pela Rua Professor Luiz Alexandre Oliveira, trecho da Via Parque, próximo ao Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Uma caçamba de entulhos foi colocada bem em cima da recém-inaugurada ciclovia, um “projeto piloto” no local.
A obra que é para a própria ciclovia – uma rampa de acesso – não colocou sinalização de que a faixa de ciclistas está interditada, mas na prática, acabou por “interditar” a passagem. O jornalista Guilherme Pimentel passou na frente do local nesta manhã e tirou fotografia, por ter achado “absurda” a caçamba estar ali.
“Passei a pé no local e fiz a foto porque achei um absurdo, tem muita gente que utiliza como via de acesso para a Afonso pena. Foi sinalizado para melhorar tráfego e agora está impedido de passar. Costumo andar à pé e vejo que é generalizado o desrespeito à locais de pedestres e de ciclistas. Nos altos da Afonso Pena as calçadas está tomadas pelo mato. Donos de imóveis têm que cuidar melhor”, disse.
Trabalhador que realiza a obra de acesso, que preferiu não ser identificado, afirmou que não havia outro local para colocar a caçamba. Disse que não é possível colocá-la no canteiro, passível de multa. O trabalhador também declarou que representantes da Agetran já estiveram no local, pressionados por reclamações de quem não conseguia passar. Ainda assim, disse, a Agência autorizou a permanência da caçamba em cima da ciclovia.
Ciclovia – Inaugurada no dia 2 de setembro, a melhoria que liga a Avenida Afonso Pena a Avenida Mato Grosso foi realizada como parte da contrapartida da construção do Hospital da Cassems (Caixa de Assistência de Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul). Com a implantação de semáforos e pontos de ônibus o valor investido na compensação é de cerca de R$ 500 mil.
Apesar do diretor-presidente da Agetran Janine de Lima Bruno não deixar claro até quando será o período de testes pelos ciclistas, os adeptos do transporte alternativo já começaram a utiliza a nova faixa. O município afirma que serão quase dois quilômetros de melhorias. Os ciclista percorreram trecho demarcado de um quilômetro.
Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura de Campo Grande afirmou que "a equipe da mobilidade vai pedir para retirar a caçamba da calçada" e destacou que a obra é para ampliar a ciclofaixa.