Caixa diz que precisa de licença do Corpo de Bombeiros para entregar Homex
Os 272 apartamentos de quatro condomínios da Homex, no Bairro Paulo Coelho Machado, em Campo Grande, precisam da licença do Corpo de Bombeiros, além do habite-se (autorização dada por órgão municipal permitindo que determinado imóvel seja ocupado), para serem entregues aos proprietários, de acordo com informações da CEF (Caixa Econômica Federal).
O banco é responsável pelos financiamentos dos imóveis e afirmou que a empresa mexicana declarou falência em 2011, mas os proprietários dos apertamentos entrevistados pelo Campo Grande News afirmam que adquiriram os imóveis em 2012.
Em nota, a CEF afirmou que a obra ficou parada, mas foi retomada por outras empresas e concluída em junho de 2015. Os apartamentos são em quatro condomínios – Águas, Bem-Te-Vis, Cuiabá e Amoreiras – que ficam ao lado de outros prédios não finalizados e estariam impedindo a liberação das unidades que estão prontas.
“A Caixa esclarece que o empreendimento será entregue quando as unidades estiverem legalizadas, nesse caso, falta a liberação do habite-se, cujo processo de liberação já foi solicitado e a atualização da licença junto ao Corpo de Bombeiros”, diz a nota.
O Corpo de Bombeiros foi procurado para responder sobre o problema, mas informou que irá explicar o assunto somente no período da tarde, pois reúne informações a respeito do caso.
Ocupação - Desde sábado (16), 40 famílias ocuparam os apartamentos que afirmam serem proprietários. A frentista Elisandra Carla Garcia, 27 anos, disse que o sonho da casa própria virou "pesadelo".
Eles se mudaram para os imóveis, que estão sem água e luz e dizem que só vão sair quando a questão for resolvida.
“Fomos ao cartório com o contrato de compra, com toda documentação, e conseguimos a posse. Mas para liberar a obra só com o habite-se e a Caixa (Econômica Federal) diz que não tem porque a obra não está toda pronta. Queremos o desmembramento para podermos receber o que é nosso, é a nossa casa”, explica o vendedor Nathanahan Assis Herebia, 31 anos, marido de Elisandra.
Há aproximadamente 5 anos, os primeiros 94 mutuários começaram a entrar no condomínio Aroeira. A falência da empresa trouxe prejuízo de R$ 30 milhões a mutuários dos apartamentos da Homex.